Quatro Meses

Pode parecer apenas uma fábula da autora,
e não sei se não é mesmo. Mas o mundo está cheio de Histórias assim
(com H mesmo). Quem quiser leia Louise Hay e veja.
Então vamos a esta fábula por Silvia Schmidt.

Outro dia foi o aniversário da partida de uma senhora

por muitos conhecida e muito querida.
Algum tempo antes,
chegando de uma das dezenas de consultas médicas,
 ela disse aos familiares:

- Pedi franqueza à junta médica que me examinou,
pedi-lhes que não me poupassem de saber
a verdade sobre  meu estado de saúde.
Eu sinto que me resta pouco tempo.
Diante dos olhares ansiosos, ela continuou:
- Eles me revelaram que sou portadora
de uma moléstia incurável 
e que minha previsão de vida
é de aproximadamente 4 meses.
- E a senhora nos conta isso com essa naturalidade ? 
perguntou uma das filhas, em prantos.
Continuou a senhora, com muita serenidade:
- Ora, eu tenho um bom tempo
para fazer tudo que já devia ter feito  há muito.
Arrumarei todos os meus armários,
guardarei o que realmente uso 
e o resto jogarei fora ou doarei a quem precisa.
Colocarei belas cortinas em todas as janelas
e elas me impedirão de ficar olhando a vida alheia.
Todos os dias tirarei o pó da casa e, durante esse trabalho, pensarei: 
Estou me livrando das sujeiras que guardei do passado 
Evitarei ouvir e assistir más notícias
e alimentarei o meu espírito
com leituras saudáveis, conversas amigáveis,
 dispensarei  fofocas e não criticarei a mais ninguém.
Pensarei naqueles que já me magoaram e,
com sinceridade,  os perdoarei.
Todas as noites agradecerei a Deus
por tudo que estarei conseguindo fazer
 nestes últimos 4 meses que me restam.
Todas as manhãs, ao acordar,perguntarei a mim mesma:
O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor? 
E farei de tudo para transmitir felicidade
àqueles que de mim se aproximarem.
E a cada dia que passar
farei pelo menos uma boa ação.
Quatro meses são mais de 120 dias,
portanto, quando eu fechar os olhos
para nunca mais abri-los,
eu terei feito no mínimo 120 boas ações.
Todos que a ouviam, pouco a pouco se retiraram dali,
indo cada um para um canto, para chorar sozinho.
A mulher ali ficou e nos seus olhos
havia um brilho de alegria.
Pensava consigo mesma:
" não posso curar meu corpo, 
mas posso mudar a vida que me resta "
Ela tinha uma grande tarefa:
transformar seu mundo interior,
tornar-se uma pessoa
totalmente diferente do que já fora
O mais curioso dessa história é que,
após a notícia dada aos familiares,
ela viveu mais 23 anos.
Ela curou a sua própria alma
e sua moléstia desapareceu; 
ela morreu de velhice.

"Somos o que fazemos repetidamente.
Por isso o mérito não está na ação
e sim no hábito".
(Aristóteles)

"Possuímos em nós mesmos,
pelo pensamento e a vontade,
um poder de ação que se estende muito além
 dos limites de nossa esfera corpórea." 
(Allan Kardec)

"Se você não quer ser esquecido quando morrer,
escreva coisas que vale a pena ler
ou faça coisas que vale a pena escrever."
(Benjamin Franklin)

"Os homens que tentam fazer algo e falham
são infinitamente melhores
do que aqueles que tentam fazer nada
e conseguem."
(Martyn Lloyd Jones)

"Se o seu navio não chega,
 nade até ele."
 (Jonathan Winters)

Boa Meditação
Quiron - FRC

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