Simpilicidade
Tenho esta mania de não usar os nomes na net, e manterei esta tradição mesmo nesta estória de hoje.
Há muito tempo atraz tinha uma amiga a que eu chamava de "Vésper, a estrela da manhã" . A vida nos levou a caminhos separados e distintos. fazem mais de 22 anos que não nos vemos, mas recentemente nos reencontramos na rede.
A título deste blog ela disse que não " acompanhava" estas cogitações, que vivia a vida simples de uma fazendeira e coisas do gênero. Isto me lembrou uma estória, talvêz já manjada por alguns, mas que por oportuna repetirei......
...... Esta é para você Vésper......
"Um dia apareceu em um isolado mosteiro Nossa senhora em pessoa, com o menino jesus no colo. Logo os monges se organizaram para render-lhe muitas homenagens. Cada um chegava diante dela e declamavas as escrituras, mostrava obras de arte feitas por eles e tudo que haviam feito em busca da inspiração divina.
Mas havia um monge de origem muito pobre, filho de artistas de um circo falido , quase analfabeto e que apenas cuidava do pomar. Os outros monges trataram logo de escondê0lo, pois ele certamente seria uma vergonha para o mosteiro e queriam poupar-lhe tal constrangimento.
Quando todos os outros haviam se apresentado a Senhora cobrou que ainda faltava um. Constatando que não poderiam esconder nada da Grande Mãe foram buscar o monge e levaram no a sua presença ante muitas recomendações. O Próprio monge ficou inseguro. Mexeu nos bolsos e achou 3 laranjas; lembrando dos tempos de criança no circo começou a fazer malabares com as laranjas, para surpresa dos demais monges.
Porem foi somente aí que o menino sorriu e foi somente a ele que a senhora permitiu pegar o menino no colo.
Cara Vésper a sabedoria está nas coisas simples!!
Boa meditação amigos
Quiron - FRC
CONHECE-TE A TI PRÓPRIO E SERÁS IMORTAL ...
Tenho andado sumido, mas não esqueço.
Um amigo me mandou este texto atribuído a um certo "Uberto Rohdes", vejo nele o estilo de um de meus preferidos o HUMBERTO ROHDEN, mas de qualquer jeito vale a lição.
"Alguns séculos antes de Cristo, vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates.
A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.
Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.
Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para o preservar da morte.
O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranqüilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.
Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.
Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
- Foge depressa, Sócrates!
- Fugir, por que? - perguntou o preso.
- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.
- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!
- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim ...
Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates pe
- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?
E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou:
- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ...
Perguntou:
E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.
No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:
- Sócrates, onde queres que te enterremos?
Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:
- Já te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates ... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU MINHA ALMA...
E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.
CONHECIA-SE A SI MESMO, O SEU VERDADEIRO EU DIVINO. ETERNO. IMORTAL..."
Assim somos todos nós seres IMORTAIS, pois somos
ALMA,
LUZ,
DIVINOS,
ETERNOS...
Nós só morremos, quando somos simplesmente ESQUECIDOS...
Boa meditação
Quiron - FRC
Cultores da Mediocridade
outros dizem "não". Lê cada manhã, ao café, o teu jornal - para saberes o que deve ser pensado naquelas 24 horas. Quando vier alguém com ideias novas, evita-o como um perigo social e tem-no em conta de herege e demolidor. Não te exponhas ao perigo de fazer o que o vizinho não faz - mas lembra-te da comprovada máxima burguesa: O seguro morreu de velho. Sê amigo dedicado da tua tépida poltrona - e não te exponhas a vertigens de vastos horizontes. Prefere sempre as paredes maciças dum cárcere e as grades seguras duma gaiola as incertezas dum vôo estratosférico. Não abras nunca portas fechadas - abre tão somente portas abertas. Não explores caminhos novos, como os bandeirantes - anda sempre sobre trilhos previamente alinhados. Vai sempre com o grosso do rebanho, como os bons carneiros - e não procures caminho à margem da rotina geral. Em suma, meu insigne cultor da mediocridade: Deixa tudo como está - para ver como fica. Destarte, conservarás a saúde e tranquilidade dos nervos e poderás tomar, cada dia, com sossego, o teu chopp e/ou cocktail - e passar pôr homem de bem... Se, porém, resolveres, um dia, sair da rotina tradicional e expor-te ao perigo mortífero dum ideal superior, então lê com atenção o que te diz um homem que conhece a vida: Vai às margens do Ganges e pede ao mais robusto dos elefantes que te ceda a sua pele paquidérmica, para com ela revestires a tua alma. Vai às praias do Nilo e arranca ao mais velho dos crocodilos a sua impenetrável couraça e faze dela invólucro do teu coração. Senta-se aos pés do mestre Zenon, rei dos Estoicos, e pede que te ensine a filosofia de ser pedra inerte, bloco de gelo, cadáver ambulante, indiferença absoluta. E, depois de assim encouraçares a tua alma, sai pôr este mundo afora e dize aos homens de honesta mediocridade que vives pôr um ideal que não está no estômago, nem nos nervos, nem no sangue - e verás que te declararão guerra de morte!... Pois, deves saber, meu amigo, que o mundo não sacrifica um só ídolo pôr um ideal... Desde que o mais arrojado idealista da história foi crucificado, morto e sepultado - são todos os idealistas crucificados pêlos cultores da mediocridade dominante. Nada de grande acontece no mundo, sem que o mundo se revolte... Tudo que é belo e grande - acaba fatalmente nos braços de uma cruz... É está a gloriosa tragédia dos homens superiores.
Volto a trazer para vcs Humberto Rohden. Desta vez nos lembrando da solidão da senda.
Vamos a ele.
"..todo o homen que deixou a sociedade dos profanos tem, de inicio, uma sensação imensa de solidão, de um Saara sem oásis; sente-se exilado, sem pátria , sem la. O Homen espiritual está desambientado aqui na terra; ninguám o compreende; todos o consideram como um estranho não pertencente a este mundo."
Humberto Rohden
( Tradução do Tao Te Chin, comentário ao poema Nr 20)
É por isso amigos que Fraternidades como a Rosacruz são tão importantes para que posamos formar caravanas neste deserto e aplacar nossa solidão.
Boa Meditação
Quiron - FRC
Ode as mulheres
Achei esta frase no Site da Associação de Yoga do Paraná e concordo com ela.
Não há prece igual a mulher. Não há, não houve nem haverá Yoga que se compare a uma mulher, nenhuma fórmula mística, nenhum ascetismo é comparável a uma mulher. Não há não houve nem haverá riqueza mais valiosa que uma mulher."
Saktisangama Tantra
Boa meditação
Quiron - FRC
O Empurrão
seus filhotes para a beira do ninho.
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes,
ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes
a seus insistentes cutucões.
Por que a emoção de voar tem
que começar com o medo de cair? - pensou ela.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso.
Abaixo, somente o abismo e o ar
para sustentar as asas dos filhotes.
E se, justamente agora, isto não funcionar? - ela pensou.
Apesar do medo, a águia sabia
que aquele era o momento.
Sua missão estava prestes a se completar,
restava ainda uma tarefa final: o empurrão.
A águia encheu-se de coragem.
Enquanto os filhotes não descobrissem
suas asas, não haveria propósito para as suas vidas.
Enquanto eles não aprendessem a voar
não compreenderiam o privilégio que é ter nascido águia.
O empurrão era o melhor presente
que ela podia oferecer-lhes.
Era seu supremo ato de amor.
Então, um a um, ela os precipitou para o abismo.
E eles voaram!
...
Às vezes, na nossa vida,
as circunstâncias fazem o papel de águia.
São elas que nos empurram para o abismo.
E, quem sabe, não são elas, as próprias circunstâncias,
que nos fazem descobrir que temos asas para voar.
Dia Internacional da Mulher
Hino a matéria
Há filosofias que pregam o repúdio a matéria e à materialidade de uma maneira radical.
Todavia temos que lembrar que se ela existe Deus vê nela uma finalidade, que ousamos dizer é a oportunidade de aprender.
Deixamos para vocês um excerto de um texto que assim vê a matéria.
Hino à Matéria
Bendita sejas tu, áspera Matéria, gleba estéril, duro rochedo, tu que não cedes a não ser pela violência, e nos forças a trabalhar se quisermos comer.
Bendita sejas tu, poderosa Matéria, mar violento, paixão indomável, tu que nos devoras, caso não te acorrentemos.
Bendita sejas tu, poderosa Matéria, Evolução irresistível, Realidade sempre nascente, tu que a cada momento fazes explodir as nossas molduras, obrigando-nos a perseguir sempre mais longe a Verdade.
Bendita sejas tu, Matéria universal, Duração sem limites, Éter sem margens – Tríplice abismo das estrelas, dos átomos e das gerações -, tu que transbordas e dissolves nossas estreitas medidas, revelando-nos s dimensões de Deus.
Bendita sejas tu, Matéria impenetrável, tu que, estendida em todo lugar entre nossas almas e o Mundo das essências, nos deixas lânguidos com o desejo de penetrar o véu sem costura dos fenômenos.
Bendita sejas tu, Matéria mortal, tu que, ao te dissociares um dia em nós nos introduzirás, forçosamente, no próprio coração daquilo que existe.
Boa Meditação
Quiron - FRC
Porque estamos aqui?
Boa meditação!
Quiron FRC
Eu sei, mas não devia
EU SEI, MAS NÃO DEVIA
Marina Colasanti
Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Como já disse antes, e nunca me cansarei de repetir, tenho como filosofia de vida o seguinte:
Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual.
Somos seres espirituais passando por uma experiência humana.
Essa é apenas uma vida...de muitas que já foram e algumas que ainda virão...
Precisamos aproveitá-la...em toda sua plenitude...e aprender, o máximo que pudermos...sem nos acostumarmos com o que não nos traz felicidade!
Sugiro que meditemos a respeito...
Bjs e um ótimo final de semana.
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