Carta a El Rey de Portugal.


"Senhor, umas casas existem, no vosso reino onde homens vivem em comum, comendo do mesmo
alimento, dormindo em leitos iguais. De manhã, a um toque de corneta, se levantam para obedecer. De noite, a outro toque de corneta, se deitam obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como da vida.

Seu nome é sacrifício. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Seus pecados mesmo são generosos, facilmente esplêndidos. A beleza de suas ações é tão grande que os poetas não se cansam de a celebrar. Quando eles passam juntos, fazendo barulho, os corações mais cansados sentem estremecer alguma coisa dentro de si. A gente conhece-os por militares...

Corações mesquinhos lançam-lhes em rosto o pão que comem; como se os cobres do pré pudessem pagar a liberdade e a vida. Publicistas de vista curta acham-nos caros demais, como se alguma coisa houvesse mais cara que a servidão.

Eles, porém, calados, continuam guardando a Nação do estrangeiro e de si mesma. Pelo preço de sua sujeição, eles compram a liberdade para todos e os defendem da invasão estranha e do jugo das paixões. Se a força das coisas os impede agora de fazer em rigor tudo isto, algum dia o fizeram, algum dia o farão. E, desde hoje, é como se o fizessem.

Porque, por definição, o homem da guerra é nobre. E quando ele se põe em marcha, à sua esquerda vai coragem, e à sua direita a disciplina". (MONIZ BARRETO - Carta a El-Rei de Portugal, 1893)

再見中國 - Adeus China.

Estudar e morar um ano na China foi uma das experiências mais ricas até hoje em minha vida.


Sempre gostei da Filosofia Chinesa, usava I Ching e lia Dao Te Ching a muitos anos; mas estar aqui foi especial.
Aprendi que pouco sabemos de China e que este pouco muitas vezes está errado.
Aprendi a respeitar e admirar ainda mais esta nação de mais de 5000 anos e que tanto já fez pela humanidade. Não são perfeitos, mas longe do "bicho-papão" que tantas vezes nos apresentam.
Hoje é hora de voltar para casa e para nosso país. Comigo vai um pouco da china , não apenas no conhecimento, mas nos muitos amigos que deixaremos aqui.
Espero poder usar o que aprendi para o bem comum e mostrar ao todos aquilo que a China realmente é; Pessoas como todos nós  trabalhando por sua felicidade; tentando, errando e acertando como humanos que somos!
Adeus e muito obrigado.

再見中國
                   謝謝

20 maneiras de fazer sua esposa se apaixonar por você de novo e de novo


  1. Diga-lhe que ela fica muito bem com sua calça jeans.
  2. Busque seu olhar em um salão de festas e dê uma piscadela.
  3. Lave a louça enquanto ela toma um banho.
  4. Olhe nos olhos.
  5. Pergunte a ela sobre seu dia. E não interrompa quando ela lhe contar.
  6. Ouça seus problemas sem tentar resolvê-los. Às vezes, as mulheres só precisam desabafar. Deixe que ela saiba que você a ouve, e que você sempre vai estar ali para ela.
  7. Incentive-a a sair uma noite com as amigas.
  8. Compre-lhe algo em que você sabe que ela vai ficar bem.
  9. Pergunte a sua opinião.... e a escute DE VERDADE.
  10. Dê-lhe uma massagem no pescoço sem esperar algo em troca.
  11. Alugue um filme água com açúcar e assistam bem juntinhos.
  12. Deixe um bilhete de amor em seu travesseiro.
  13. Dê-lhe um beijo de despedida antes de ir para o trabalho.... e muitos ao voltar.
  14. Incentive seus sonhos. Não deixe que ela os abandone porque é esposa e mãe.
  15. Leia para ela antes de dormir. De preferência algo que não seja de Stephen King.
  16. Elogie-a. Em voz alta e com frequência.
  17. Traga-lhe rosas ou chocolates em um dia que não seja seu aniversário nem uma data importante.
  18. Telefone para ela e a deixe saber que você está pensando nela o dia todo. Diga-lhe que só queria ouvir sua voz.
  19. Reserve um hotel e leve-a para um fim de semana, só vocês dois.
  20. Lave o carro dela. De preferência, sem camisa.

Consumismo e individualismo


Consumismo e individualismo



Hoje pela manhã falava com a minha mulher sobre nossa sociedade atual.
Quase tudo que vemos é dominado pelo individualismo e pelas aparências.  Olhando com atenção isso esta a nossa volta, seja nas coisas grandes ou nas pequenas.


O Consumismo é uma forma de querer parecer melhor, de ser especial. E dele vem uma série de coisas, como o desrespeito ao meio ambiente, a ganância e a indiferença. Esta última também prima do individualismo, pois desconsidera o outro em prol de nós mesmos.

A especulação... não é ela uma forma de valorizar os papéis da economia artificialmente pelas aparências a fim de buscar o lucro desejado pelo individualismo?  Por outro lado esta mesma especulação não funcionaria se as pessoas não se deixassem levar pela aparência de lucro a fim de ganharem mais para poderem..... consumir.....

É uma forma cruel de avaliarmos e sermos avaliados pelo que temos e não pelo que somos. E como o individualismo faz com que desejemos ser mais e melhores que os outros, nós "temos" que ter mais e melhor; mesmo que apenas aparentemente melhor.
Como resultado, uns sofrem com a frustração de não as conseguir e são julgados fracassados pelas sociedade que os mede pela grife que vestem. Outros são "bem sucedidos" e conseguem o que querem, mas no final sempre falta alguma coisas e seguem correndo atrás do próprio rabo, devorando recursos e vida na busca de uma satisfação que nunca chega. 
Pagam  fortunas por um item de marca que mesmo considerando desigh, material etc jamais custaria aquilo.... Ah mas é um ROLEX, um Armani, uma Montblanc, etc..... e quem tem um deste é "melhor que os outros". Mesmo que as vezes a diferença seja apenas o selo da marca e não a qualidade do bem em si.
 A verdade é que nossa sociedade evoluiu tecnologicamente muito rápido; as coisas se aceleraram muito, cresceram muito.
 Quando eu nasci computadores do tamanho de uma sala tinham um poder de processamento menor que o meu celular atual.  A questão é que a capacidade humana e moral para gerenciar tudo isso não acompanhou. Estamos perdidos, embriagados, sendo levados pela onda. Fazemos as coisas "porque sim", porque temos liberdade para fazer e falar. .. Mas esquecemos a máxima "tudo posso, mas nem tudo me convém".
Sou muito pequeno neste grande furacão e muitas vezes caio nas mesmas armadilhas, mas acredito que a saída para tudo isso está nos valores, no afeto, nas pessoas. 


    É o afeto que dá real valor as coisas, é ele que me permite solidarizar com o próximo.
A solução, a felicidade, a verdadeira satisfação pessoal vem de dentro. Quando entendermos isso de verdade, a ganância e o individualismo sumirão pois todos já serão ricos por dentro.
Idealismo..... com certeza, mas será que existe outra saída?????

Desejo-lhe o suficiente.

     Recentemente, ouvi uma mãe e sua filha em seus últimos momentos juntos no aeroporto, quando a partida da filha tinha sido anunciada. De pé perto do portão de segurança, elas se abraçaram e a mãe disse "Eu te amo e te desejo o suficiente." A filha respondeu: "Mãe, nossas vidas juntas tem sido mais do que suficiente. Seu amor é tudo que eu sempre precisei. Desejo-lhe suficiente, também, mãe." Elas se beijaram e a filha partiu.
     A mãe foi até a janela onde eu estava sentado. Parado ali, eu podia ver que ela queria e precisava chorar. Tentei não me intrometer em sua privacidade, mas ela me acolheu perguntando: "Você já disse adeus a alguém sabendo que seria para sempre?" "Sim, já", eu respondi. "Perdoe-me por perguntar, mas por que isso é um adeus para sempre?" "Bom, eu estou velha e ela mora tão longe. Tenho desafios pela frente e a realidade é que a próxima viagem de volta será para o meu funeral", disse ela.
    Quando você estava se despedindo, eu ouvi você dizer: " Desejo-lhe o suficiente." Posso perguntar o que isso significa? "
      Ela começou a sorrir.
"É um desejo que tem sido passado de outras gerações. Meus pais costumavam dizer isso para todo mundo."
     Ela fez uma pausa e olhou para cima como se estivesse tentando se lembrar em detalhes e sorriu mais ainda. Quando dizemos "Desejo o suficiente" estamos desejando à outra pessoa que tenha uma vida cheia de coisas boas o suficiente para sustentá-las ". Em seguida, voltando-se para mim, ela compartilhou o seguinte, recitando-lo da memória:


Desejo-lhe sol o suficiente, para manter suas atitudes brilhantes.


Desejo-lhe chuva o suficiente, para apreciar o sol mais ainda.


Desejo-lhe felicidade o suficiente, para manter seu espírito vivo.


Desejo-lhe pequenas dores o suficiente, para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores.


Desejo-lhe que ganhe o suficiente para satisfazer seus desejos.


Desejo-lhe que perca o suficiente, para apreciar tudo que possui.


Desejo-lhe que tenha "olá" o suficiente te acompanhando até o seu último adeus. "


Ela, então, começou a chorar e foi embora.
Dizem que levamos um minuto para encontrar uma pessoa especial. Uma hora para apreciá-las. Um dia para amá-las. E uma vida inteira para esquecê-las.

Quem tem Razão ????

EU TENHO RAZÃO



Esgrimindo esta frase: eu tenho razão,
Desfazem-se os casamentos,
Perdem-se os amigos,
Pais e filhos se afastam,
Os povos vão à guerra,
As discussões se estendem e azedam,
Destroem-se os diálogos,
Matam-se os homens.
Mas quem tem razão?
Razão é uma virtude que só é possuída por quem acredita que não a tem.
Porque, se acredita no contrário, já não a tem.
Pois ninguém tem toda a razão.
Todos têm, da razão, alguma coisa (contanto que falem com mediana razoabilidade).

Em caso de discussão, ninguém tem toda a razão com exclusividade.
Não é possível a ninguém conhecer a verdade completa de todas as coisas, sob todos os aspectos. Vale dizer, de coisa nenhuma. Somente o Uno, Aquele que tudo conhece e que é a própria Verdade, tem toda
a Razão.

E justamente Aquele que tem toda a razão permite que nós também tenhamos a nossa pequena parte da razão. O importante é respeitar a parte de razão "do outro" – mas sem reticências, com sinceridade.
É preciso reconhecer que o outro pode perceber aspectos que eu não vejo. Desde que coisas e problemas apresentam diversos ângulos e que eu, a partir da minha perspectiva, não os posso ver todos...

Ninguém tem toda a razão.
Mas todos nós temos, normalmente, uma parcela de razão. Às vezes maior, às vezes menor. Mas uma parcela. Quem concede e compreende a razão do outro, aumenta o grau da sua própria razão. Quem se fecha na sua única razão, amesquinha essa razão. Limita-se. Tem menos razão.

Ao dialogar, é necessário ser compreensivo. Diálogo compreensivo é o daqueles que tentam compreender a posição contrária, não, porém, a partir de sua própria perspectiva e, sim, a partir
da perspectiva contrária. As coisas, a partir da perspectiva do outro, serão vistas de outro modo.
Surgirá um ângulo que antes não era visto. 
Os fanáticos de uma determinada ideologia só enxergam uma única perspectiva, e se negam a ver outra, diferente dessa. Quanto mais fanáticos são eles, mais se obcecam na própria atitude e menos querem examinar outra, diferente. Os fanáticos tanto mais se amesquinham quanto maior for o seu fanatismo.
Quanto mais cegos ficarem, menos razão terão.

Os fanatismos podem ser políticos, artísticos, científicos, esportivos, filosóficos, religiosos, nacionalistas, racistas, sociais... e pessoais.
Fanatismo é um tipo de cegueira espiritual. O único modo de crescer como pessoa e viver mais intensamente é crescer em amplidão de consciência e compreensão do mundo.
Os fanáticos orgulham-se de viver com etiquetas. E, na maioria dos casos, defendem-nas com atitudes cegamente fanáticas.
Aparentemente, o fanatismo é um dos modos de essas pessoas apregoarem a insegurança que sentem.
Elas precisam manter teimosamente suas atitudes de teimosia e rejeição às atitudes alheias porque interiormente reconhecem a pouca consistência de suas ideias.
Tornam-se pequenos ou grandes cegos; pequenos ou grandes "sem razão". Você, a exemplo do antigo filósofo, seja amigo de Catão, porém, mais amigo da Verdade. A razão da imensa, da infinita verdade, você a terá: ela será concedida a você na medida em que reconhecer que não está com toda a razão.




Cristãos Gnósticos X Cristãos Ortodoxos (católicos, protestantes, pentecostais) divergências

Na Tabela abaixo o Frater Anubys sintetiza muito bem as diferenças!
Vale a pena ler e pensar em que você acredita. Não defendo aqui um lado ou o outro, pois isso é de foro íntimo.
Mas é importante pensar.
Mais uma vez Obrigado Anubys.



Os cristãos ortodoxos (católicos e Prtoestantes e Pentecostais):

-Uma distância abissal separa a humanidade de seu criador. Ele é inteiramente distinto de Sua criação.

Os Cristãos gnósticos

- Negam essa distância e afirmam que o conhecimento de si mesmo é conhecimento de Deus; o "eu" e o "divino" são idênticos.

-Jesus fala em "pecado" e "arrependimento".

- Jesus fala em ilusão e iluminação.

- Jesus é o Senhor e o Filho de Deus, de uma maneira única e singular; permanece eternamente distinto do resto da humanidade que veio "salvar".

- Jesus veio como um guia que abre o acesso para o entendimento espiritual, e quando o discípulo se ilumina, ele deixa de ser seu Mestre, pois ambos se tornam semelhantes.

- Seguindo os tradicionais ensinamentos judaicos, "todo sofrimento vem do pecado", que teria maculado uma criação originalmente perfeita .

- É a ignorância e não o pecado que leva uma pessoa a sofrer. No Evangelho da Verdade encontra-se: "...a ignorância...trouxe angústia e terror. E a angústia tornou-se espessa como uma neblina, de modo que ninguém conseguia enxergar. Por isso o erro é tão poderoso..." Isto significa que a maioria das pessoas vivem no oblívio, na inconsciência. Sem jamais se tornarem cientes de si mesmas, elas não têm raízes.Os que vivem deste modo sofrem "terror, confusão, instabilidade, dúvidas e desunião", sendo enredados por "muitas ilusões".

- A paixão e a morte de Jesus como um sacrifício que redime a humanidade da culpa e do pecado. E a única chave para abrir o Paraíso é "o nosso próprio sangue".

- A "crucificação" é o momento para descobrirmos a essência divina em nós mesmos. O "Testemunho da Verdade" declara que aqueles que se entusiasmam com o martírio não sabem "quem é o Cristo". O autor ridicularizava a crença de que o martírio assegura a salvação e diz que os ortodoxos o veem como uma oferenda a Deus e pensam que ele deseja sacrifícios humanos!". Cristo é um ser espiritual e apenas a sua natureza humana sofreu.

- A ressurreição de Jesus e do cristão.

A "Fé dos Tolos". A existência humana comum é morte espiritual. É necessário receber a ressurreição espiritual enquanto vivem!.

- A discriminação da mulher: Tertuliano, nos preceitos da "disciplina eclesiástica para as mulheres", especificava: "Não é permitido a nenhuma mulher falar na igreja, nem é permitido que ensine ou que batize, ou que ofereça a eucaristia' ... para não falar em qualquer cargo sacerdotal. Em 1.977, o papa Paulo VI declarou que a mulher não pode ser padre "porque Nosso Senhor era homem".

- Entre alguns grupos gnósticos , as mulheres eram consideradas iguais aos homens; algumas ensinavam, outras evangelizavam e curavam.

- A fé ortodoxa diz que o ensinamento original dos apóstolos é a norma e o critério; aquilo que se afastar é heresia!

- Os escritos gnósticos previam que o futuro propicia um aumento ininterrupto do conhecimento!

- Os três evangelhos sinóticos do Novo Testamento, em sua maior parte, traçam uma biografia da vida de Jesus em ordem cronológica, fazendo dele o Messias esperado pelos judeus. O destino humano depende dos eventos da "história da salvação", particularmente da sua vinda, vida, morte e ressurreição como fato histórico.

- Os gnósticos aceitavam os acontecimentos históricos como secundários; interessavam-se, acima de tudo, pelo significado interior dos acontecimentos e parábolas. Tanto o gnosticismo como a psicoterapia valorizam sobretudo, o conhecimento - o autoconhecimento que é a percepção interior. De acordo com o "Diálogo do Salvador", quem não compreender os elementos do Universo, e de si mesmo, está fadado ao aniquilamento: "... quem não compreender como o corpo veio a existir, há de perecer com ele. Quem não compreender como veio, não há de compreender como irá...".!

- Os ortodoxos concebiam o "Reino de Deus" literalmente, como se fosse um lugar específico. Segundo Mateus, Lucas e Marcos, Jesus proclamou o advento próximo do Reino de Deus, quando "os encarcerados obteriam a sua liberdade, os doentes seriam curados, os oprimidos receberiam alívio, e a harmonia prevaleceria sobre todo o mundo". Marcos afirma "que os discípulos esperavam que o reino se instaurasse num evento cataclismico que ocorreria ainda durante suas vidas", pois Jesus dissera que alguns deles viveriam para ver "o reino de Deus chegando com poder".

- No Evangelho de Tomé, Jesus teria ridicularizado aqueles que concebiam o Reino de Deus literalmente:

"...antes, o reino de Deus está dentro de

voces; e está fora de voces. Quando vierem a se conhecer, então se farão conhecidos, e perceberão que são os filhos do Pai Vivo. Mas se não conhecerem, existirão em pobreza". O "Reino" então simboliza um elevado estado de consciência.

- Os líderes criaram um arcabouço simples e claro, constituído de doutrina, ritual e estrutura política que provou ser um sistema extraordinariamente eficaz de organização. Criou-se uma hierarquia de três níveis - bispos, padres e diáconos, e a concepção: "Um Deus, um Bispo". Clemente diz que Deus delega sua autoridade para reinar a líderes e governantes na terra!. Separar-se do bispo é separar-se da igreja e de Deus ! Fora dessa igreja não há salvação - "Ela é a entrada para a vida!".

- Os gnósticos foram potencialmente "subversivos" quando diziam que os "muitos" (os ortodoxos) eram "canais sem água"! Afirmavam oferecer a todo iniciado um acesso direto a Deus, sem representantes ou intermediários. Em o "Testemunho da Verdade " encontramos que "obediência à hierarquia clerical exige que os fiéis se submetam a guias cegos"; a fé nos sacramentos demonstra um raciocínio mágico e ingênuo. Contra essas mentiras o gnóstico declara que, quando um homem se conhecer a si mesmo, e ao Deus que está acima da verdade, ele será salvo.

- A autoridade da igreja é incontestável e é a base para a "infalibilidade papal ". Concebiam Jesus como Senhor, identificando-o como alguém exterior e superior aos seus discípulos. Em Marcos encontramos: "E Jesus partiu com seus discípulos...No caminho perguntou-lhes: "Quem dizem os homens que eu sou?" Ao que replicaram: "João Batista; outros, Elias, outros ainda, um dos profetas" E ele perguntou: "Mas quem vocês dizem que eu sou?" Pedro respondeu: "És o Cristo". Mateus acrescenta que Jesus abençoou Pedro pela sua acuidade, e em seguida declarou que a igreja seria edificada sobre ele e sobre o seu reconhecimento de Jesus como o Messias.

- O Evangelho de Tomé narra o episódio de maneira diferente; Jesus disse a seus discípulos: "Comparem-me e digam-me com quem me pareço eu". Disse Simão Pedro: "És semelhante a um anjo justo". Disse-lhe Mateus: "És semelhante a um filósofo sábio". Disse-lhe Tomé: "Mestre, minha boca é totalmente incapaz de dizer com quem tu és semelhante". Jesus disse: "Não sou o seu Mestre. Porque vocês beberam, ficaram embriagados da fonte borbulhante da qual eu lhes servi". Jesus não nega aqui o seu papel de Mestre. Mas os discípulos e suas respostas representam um nível inferior de compreensão. Daí Tomé, que reconhecia a impossibilidade de atribuir qualquer papel específico a Jesus, transcendeu , naquele instante de reconhecimento, a relação discípulo/mestre.

O modelo gnóstico aproxima-se do modelo psicoterapeutico: ambos admitem a necessidade de orientação, como medida provisória apenas. O propósito de aceitar a autoridade é aprender a superá-la; aquele que se torna maduro não precisa mais de uma autoridade exterior.

Quem alcança a gnose torna-se "não mais um cristão, mas um Cristo" E quem esperava "tornar-se Cristo", dificilmente poderia admitir que as estruturas institucionais da igreja - seus bispos e padres, seu credo e cânone, e seus ritos - possuíssem a autoridade suprema.

- Aquele que confessasse o Credo, aceitasse o ritual do batismo, participasse do culto e obedecesse ao clero, pertencia à igreja.

- Os gnósticos afirmam que o que distingue a verdadeira da falsa igreja não é a sua relação com o clero, mas o nível de compreensão dos seus membros e a qualidade das relações que esses mantém entre si, unidos pela amizade e amor fraternal.


Oração do Guerreiro de Deus



Guerreiro, que Deus esteja sempre em seu coração!
Não entregues teu poder,
Não te dobres,
Não te queixes,
Não te lamentes.

Atua com grandeza, em nome do Senhor!
Não te deixes vencer pela culpa,
Não te deixes vencer pela tristeza ou pelo abandono.
Guerreiro és, e postura de Guerreiro hás de ter.

Coluna reta, Guerreiro,
Olhar limpo,
Calma em tua face,
Que ninguém saiba de tuas dúvidas,
Que ninguém saiba de tuas fraquezas.

Guerreiro hás de lutar até a morte, pelo que acreditas,
Pelo que sonhas,
Pelo que amas.
Só poderás descansar nos braços de tua amada.

Só poderás chorar frente às estrelas.
Guerreiro, elegeste o caminho mais difícil, 
O mais forte,
O mais digno de um homem.
O caminho dos homens íntegros
Que nada temem,
Que olham nos olhos.
O caminho dos homens alegres, que carregam Deus em sua mente e coração!
O caminho dos Guerreiros de Deus.


Que assim seja!

Falar mal dos outros

"Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.

Qual a razão última dessa mania de maledicência?



É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.

Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma.

Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.

Esses homens julgam necessário apagar luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.

São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.

Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.

Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.

Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria."(...)

"As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.

Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor - algo parecido com whisky, gin ou cocaína - que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia."

A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens.

Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.

Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.

Fala-se muito por falar, para "matar tempo".

A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.

Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.

Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.

Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.

Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.

Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.

Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio.

São enfermos em demorado processo de reajuste.

Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.

Pense nisso!

Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.

Evitemos a censura.

A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.


Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente.

Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.

Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.

Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração".

Pensemos nisso.!!!!





Humberto Rohden

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