Ritos de passagem na Maçonaria

 Ritos de passagem na Maçonaria


Traduzido de:  Masonic Improvement 

Os graus da Maçonaria são ritos de passagem.

O conceito de "rito de passagem" é algo que perdeu popularidade no passado recente, mas está mais uma vez se tornando um tópico de discussão para muitos homens.

Um rito de passagem é uma ou uma série de experiências que representam uma transição na vida de uma pessoa. Eles podem ser encontrados em culturas, religiões, organizações e até mesmo famílias em todo o mundo e alguns deles têm histórias que podem ser rastreadas por séculos.

Há uma preocupação crescente com os homens nos EUA e em muitas outras partes do mundo. Existem homens na casa dos vinte, trinta e até mais velhos que se sentem perdidos e sem objetivo. Eles lutam contra a depressão, maturidade e responsabilidade. Eles são, para ser franco, Homens criança. 
Esses problemas são muito mais comuns onde não há ritos de passagem devidamente implementados. Esses ritos representam uma mudança de algo antigo para algo novo: um solteiro para um marido em um casamento, tornando-se cristão em um batismo, ou um homem sendo iniciado em uma loja e feito maçom.

Um rito de passagem pode ter um impacto significativo e duradouro no iniciado.
Neste artigo, pretendo enfocar os componentes que constituem um rito de passagem e como cada um deles pode ser encontrado na Maçonaria. Também daremos uma olhada nas possíveis maneiras de tornar o trabalho que fazemos mais impactante.

As fases de um rito de passagem


É entendido hoje que um rito de passagem consiste em três fases. Cada fase é tão importante quanto a última e devem ocorrer nesta ordem devido à sua natureza:


Separação - nesta fase, o iniciado passa por um processo em que é separado da versão anterior de si mesmo. Isso tende a ser muito simbólico, mas pode ser representado de várias maneiras. Na Maçonaria, esta fase ocorre para o iniciado na sala dos paços perdidos( ou câmara das reflexões no primeiro graus) antes mesmo de ele pisar na sala da Loja durante seus graus.

Transição - Esta fase existe como um estado de limbo onde o iniciado foi despojado de seu antigo eu, mas ainda não passou para o próximo estágio. É durante uma transição que lições relevantes são ensinadas e as expectativas são estabelecidas, que são necessárias para o próximo estágio da vida ou para permanecer dentro de um grupo de honra.


Existem dois enfoques  para isso na Maçonaria:

  1. Há uma transição em todos os graus entre o momento em que você sai da sala dos passos perdidos e quando assume a obrigação de obter esse grau. Elas podem ser vistas como microtransições.
  2. A outra transição ocorre durante um período de tempo que começa na fase de separação no grau de Aprendiz e termina quando ele é reinvestido (veja a próxima fase) como Mestre Maçom. Considere isso uma macro-transição.

É importante ressaltar que as microtransições são tão importantes quanto as macrotransições, no entanto, uma macrotransição representa uma grande mudança que é uma acumulação das microtransições que ocorreram durante esse tempo.

Reinvestimento - Esta fase ocorre quando o iniciado passou com sucesso por tudo o que era esperado dele durante a fase de transição e ele passou oficialmente para o próximo estágio em seu progresso. Nesse ponto, ele é aceito no grupo.

Como maçons, pelo menos no Texas, todos nós sabemos quando ocorre o reinvestimento. Não preciso falar mais nada.

Implementação é tudo


Lembre-se de que a implementação de um rito de passagem é, em última análise, o que determinará a qualidade do impacto que ele terá sobre o iniciado e também aprendemos até agora com este artigo que nossos graus são, na verdade, ritos de passagem.

Com isso em mente, surge a pergunta: "Queremos que nossas cerimônias tenham um impacto positivo sobre o iniciado?"

Se você acredita que a Maçonaria pega homens bons e os torna melhores, então você deve absolutamente desejar que nossos ritos de passagem tenham um impacto profundo e duradouro sobre os participantes.

Neste ponto, quero dar um passo para trás antes de seguir em frente, porque temos que identificar as coisas que estamos fazendo de errado porque não podemos consertar o que não reconhecemos que está quebrado. Vamos primeiro reservar alguns momentos para examinar as práticas que são amplamente implementadas, mas não estão produzindo os resultados desejados:

  1. Convidar as pessoas  assim que demonstrarem interesse - quantidade em vez de qualidade
  2. Realizando investigações ruins
  3. Não dando ao candidato tempo para conhecer a Loja e vice-versa
  4. Apressando-o através dos graus
  5. Má ritualística dos graus
  6. Antessalas câmara de reflexões e Loja desordenados e sujos
  7. Falha em preparar o candidato para seu grau de antemão
  8. Não dizendo a ele o que esperamos dele
  9. Não dizer a ele o que ele pode esperar de nós ou, pior ainda, dizer a ele o que ele pode esperar e nunca entregar


Esta não é uma lista completa, mas o tema subjacente deve ter se apresentado agora: qualquer prática que apresse um candidato, corte atalhos ou passe uma falta de orgulho da loja ou ritual deixará o iniciado com a impressão (mesmo que inconsciente) que simplesmente aquilo não é importante.

Essa impressão está em nítido contraste com o que nosso objetivo deveria ser. Os graus são um rito de passagem. Os ritos de passagem devem ser transformadores. Eles são importantes.

Aqui estão minhas recomendações que cada loja e irmão maçom podem começar a implementar de alguma forma que transmita a importância dos graus e capacite nossos ritos de passagem para terem os efeitos desejados:

  1. Não faça umum convite aos candidatos assim que eles demonstrarem interesse. Em vez disso, exija que eles visitem sua loja durante as refeições e outros eventos por alguns meses para que todos possam conhecê-lo e ele possa fazer o mesmo.
  2. Investigue minuciosamente todos os candidatos.
  3. Não o apresse em seu trabalho. Os rituais contêm muito mais informações do que apenas palavras, então ensine-o no caminho. Você não precisa sobrecarregá-lo com informações, mas mostrar a ele o quão fundo o poçoe aí ajudá-lo a aprender como fazer pesquisas.
  4. Nunca deixe um irmão se perguntar por que ele tem que aprender todas essas coisas. Mostre a ele por quê.
  5. Saiba bem o ritual e prática do seu grau. Eu entendo que às vezes somos colocados em funções no último minuto para as quais não estamos preparados, mas todos devemos fazer o nosso melhor para conduzir o melhor ritual que pudermos.
  6. Limpe e mantenha sua Loja . Aquele carpete mofado e os painéis de madeira dos anos 70 em suas paredes mostram uma falta de interesse em manter seu prédio bonito. Essa Câma das reflexões  que funciona como um armário de vassouras  e  casacos indica que nossos ritos não são nem mesmo importantes o suficiente para ter seu próprio espaço dedicado.
  7. Seja sincero em relação às nossas expectativas a partir do momento em que o candidato manifestar interesse. Sim, há muita memorização envolvida. Sim, esperamos participação. Sim, existem taxas.
  8. Seja sincero sobre o que ele pode esperar de nós a partir do momento em que expressar interesse. Pegamos bons homens e os tornamos melhores, tornando-os maçons. Fazemos isso por meio de ritos de passagem e educação. Levamos nosso trabalho a sério. Não somos um clube de serviço.

Se isso parece muito trabalhoso, é porque é. Como maçons, o trabalho é um dos temas centrais em todos os nossos graus e simbolismo. O trabalho não é algo que devemos abraçar e usar para melhorar nossas lojas.

Se uma loja trabalhar para aplicar essas sete práticas, os ritos de passagem que ela conduz os iniciados terão resultados muito mais profundos, duradouros e desejados.

Conclusão


Os graus na Maçonaria são ritos de passagem. Os ritos de passagem são de natureza transformadora e isso é exatamente o que prometemos quando dizemos “A Maçonaria pega homens bons e os torna melhores”.

Como vamos fazer isso? Tornando-os maçons.

Indo mais longe, podemos perguntar como fazemos isso? A resposta é iniciando-o por uma série de ritos de passagem.

Portanto, esses ritos que associamos a cada grau são de suma importância e cabe a nós fazer tudo o que pudermos para torná-los o mais impactantes possível.





A Maçonaria Especulativa seria chinesa?

 

Hoje trago uma tradução do ótimo site Masonic Find.

A fim de poder ajudar na compreensão, usei um recurso chamado Microsoft Sway e acrescentei vários Links e até mesmo um vídeo ao texto original.

Caso queira, basta clicar nas palavras sublinhadas para ir para artigos que explicam aquele conceito. Também pode-se clicar nas imagens para vê-las em tela cheia.

Basta clicar no botão verde abaixo escrito " Ir para este Sway"  para inicial a apresentação.


Ir para este Sway

Qual a melhor decisão?


Quantas vezes na vida nos perguntamos: “o que eu devo fazer?”, “qual é a melhor decisão?”

Ainda mais nesta época de pandemia, onde decisões simples como sair de casa ou ir em uma festa de família se tornam relevantes  tudo parece piorar. Já não bastava este mundo moderno, acelerado e competitivo; onde o erro não é esquecido nem perdoado para nos colocar mais pressão?
Mas o que fazer com sobre esta situação? Bem, talvez não haja uma resposta correta, mas vamos pensar mais um pouco e tentar entender melhor esta questão.


 Segundo Jung (no livro “O homem e seus símbolos"), parte da angústia do Homem moderno vem de que antes tínhamos os ritos, os mistérios e a religião para nos ajudar a entender o que está além de nós. Agora só temos o racional e a ciência, que não tem resposta para tudo . Assim, num mundo cada vez mais complexo torna-se difícil para o ser humano tomar decisões quando envolvem tantos fatores que a deixam muito além da nossa capacidade de pensar. Quando além disso nós ressentimos da falta de um suporte religioso ou filosófico, essa dúvida e angústia se tornam bastante palpáveis. Quando nos vemos sozinhos neste mundo complexo parece que tudo se resume ao vaticínio de Milan Kundera:


“Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação.
Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro."

Podemos interpretar essa situação de 2 formas: Uma delas é tomar esta citação como uma leitura da inevitável angústia moderna por buscar a decisão correta. O enunciado de um beco sem saída. A outra forma é conectar esta visão de Kundera com o entendimento budista de que toda dor vem do apego. Ora, se não temos apego e se entendemos que na verdade não temos nenhum controle, isso pode trazer um alívio, pois entendemos que não temos também responsabilidade sobre aquilo que não controlamos.

Esta visão se alinha também com algumas visões de certas religiões onde se entende que tudo está nas mãos de Deus. Assim sendo, mais uma vez o ser humano se encontra livre por não ter o controle. Com isso começamos a entender que o verdadeiro sofrimento vem de tentar controlar o incontrolável, de tentar acertar 100% das vezes e assim evitar 100% do sofrimento.

Não é fácil, mas a liberdade está em entender que da mesma forma que não seremos 100% felizes jamais seremos 100% infelizes. Da mesma forma que não vamos errar todas as decisões, temos que saber que também não acertaremos todas. A verdade é que o copo estará sempre pela metade.


Talvez seja melhor buscarmos a sabedoria do provérbio árabe:


Confie em Alah, mas amarre seu camelo!

 

Este provérbio extremamente curto traz em si a essência da solução deste dilema, pois nos mostra que se por um lado não podemos controlar tudo e devemos confiar em Alá para nos proteger, também temos uma parte nossa que deve ser feita para que o todo possa atingir o melhor resultado. Assim, a solução deste paradoxo moderno pode estar no velho carpe diem; devemos aproveitar cada dia, usufruir cada pequena coisa, buscando sempre fazer a nossa parte, mas com a certeza de que em algum momento também vamos errar, mas que esse erro não será necessariamente o fim do mundo e que mesmo nele haverá algo de bom.

A questão é que temos que levar toda a vida de uma maneira mais leve fazendo a nossa parte (pois conhecemos os males da preguiça e da inação), mas ao mesmo tempo não puxando para nós o peso de decidir com conhecimentos que não temos sobre coisas que não estão em nossa alçada. Ajuste as suas velas, mas de nada adianta tentar controlar ou adivinhar qual será o vento de amanhã. 

Para resumir esta ideia em uma palavra temos que recorrer a uma linha filosófica bastante antiga, o Estoicismo. De nada adianta gastar energia se preocupando com coisas que não estão em seu controle. Se choveu, você decide se vai tomar chuva, usar um guarda-chuva ou se nem vai sair de casa. Essa decisão é sua. Mas se vai chover ou não independe da sua vontade.

Não que esse autor consiga fazer tudo o que colocamos aí acima, os que me conhecem bem sabem que também sofro com as dúvidas do mundo moderno, mas pelo menos espero poder crescer neste processo e talvez ajudar meus irmãos também.



Atitudes que drenam energia

 

1 – Pensamentos obsessivos

Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos – mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2 – Sentimentos tóxicos

Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3 – Maus hábitos – Falta de cuidado com o corpo

Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4 – Fugir do presente

As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5 – Falta de perdão


Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6 – Mentira pessoal

Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7 – Viver a vida do outro

Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8 – Bagunça e projetos inacabados

A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é
outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9 – Afastamento da natureza

A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

10. Preguiça, negligência

E falta de objetivos na vida. Esse ítem não requer muitas explicações: negligência com a sua vida denota também negligência com seus dons e potenciais e, principalmente, com sua energia vital. Aquilo do que você não cuida, alguém vem e leva embora. O resultado: mais preguiça, moleza, sono….

11. Fanatismo

Passa um ventinho: “Ai meu Deus!!!! Tem energia ruim aqui!!!” Alguém olha para você: “Oh! Céus, ela está morrendo de inveja de mim!!!” Enfim, tudo é espírito ruim, tudo é energia do mal, tudo é coisa do outro mundo. Essas pessoas fanáticas e sugestionáveis também adoram seguir “mestres e gurus” e depositar neles a responsabilidade por seu destino e felicidade. É fácil, fácil manipular gente assim e não só em termos de energia, mas também em relação à conta bancária!

12. Falta de aceitação

Pessoas revoltadas com a vida e consigo mesmas, que não aceitam suas vidas como elas são, que rejeitam e fazem pouco caso daquilo que têm. Esses indivíduos vivem em constante conflito e fora do seu eixo. E, por não valorizarem e não tomarem posse dos seus tesouros – porque todos nós temos dádivas – são facilmente ‘roubáveis’.

O importante é aprender a aceitar e agradecer tudo o que temos (não confundir com acomodação). Quando você agradece e aceita fica em estado vibracional tão positivo que a intuição e a criatividade são despertadas. Surgem, então, as possibilidades de transformar a vida para melhor!

Como as lojas maçônicas podem aumentar o número de membros?

 

Recortado de: Masonic Find


O número de maçons nos Estados Unidos hoje é bem menor do que há cinquenta, vinte ou até dez anos atrás.

Tanto minha loja quanto a grande loja enfrentam atualmente a questão de como aumentar o número de membros; dado o que li em vários grupos maçônicos nas redes sociais, só posso presumir que outras lojas e jurisdições estão perguntando a mesma coisa.


Então, como as lojas maçônicas podem aumentar o número de membros?

Acredito que a resposta se resume a dois aspectos:

·         Conectar-se com a comunidade e

·         dando aos maçons algo para fazer

 

Conectar-se com a comunidade

Muitas vezes resumiram a Maçonaria como uma fraternidade cívica que promove o autoaperfeiçoamento moral e o serviço à comunidade.


Para cada loja e Grande loja isso traz resultados práticos diferentes; o mesmo pode ser dito de cada um dos vários corpos paramaçônicos e afiliados aos quais os maçons e seus familiares podem se associar.

O serviço à comunidade é essencial para o autoaperfeiçoamento, especialmente em uma organização que tem Socorro (ou Caridade, dependendo da jurisdição da sua grande loja) e Amor Fraternal[1] como dois de seus princípios principais.

Quanto mais sua Loja servir à comunidade local, mais ela saberá disso. Quanto mais eles souberem da sua loja e dos serviços que ela oferece, mais provável será que alguém deseje entrar.

 

Ninguém em sã consciência vai ingressar em qualquer organização sem ter uma ideia do que essa organização é ou faz.

 

Outra grande parte de buscar a comunidade hoje em dia são  as mídias sociais. Quase toda loja e grande loja hoje tem seu próprio site.

No entanto, pessoalmente não acredito que isso seja suficiente. Eu humildemente recomendo que cada loja e grande loja criem sua própria página ou conta em mídias como Facebook e Twitter.

Também recomendo colocar o site da sua loja ou grande loja nessa página ou descrição da conta.

Isso não apenas direcionará mais tráfego para o site da loja, mas também servirá como uma maneira maravilhosa de fazer anúncios para sua comunidade (como quando você está tendo uma casa aberta ou um tour para o público).

Você tem uma ideia para um projeto que é grande demais para sua Loja?

Convide outras lojas, para maçônicas e afiliados a participarem.

Melhor ainda, entre em contato com fraternidades locais não maçônicas para ver se elas gostariam de fazer parceria com sua loja.

Antes da pandemia atual, minha loja fez parceria com a Loja Elk’s para fazer um jantar para todos os veteranos em cada Dia dos Veteranos.

Esta é uma maneira maravilhosa de promover as relações com a comunidade enquanto tira um pouco da carga dos ombros de uma única loja.

 

 

Casa aberta e Tours

Também antes da atual pandemia, Minha Loja  organizou uma visitação pública mensal e uma excursão gratuita ao público; o mesmo evento também proporcionou jantar para todos (maçons ou não) que quisessem comparecer.

Eu sou um dos muitos que se juntaram à minha loja local devido especificamente ao seu encontro mensal.

As pessoas estão curiosas sobre a Maçonaria; uma ótima maneira de satisfazer essa curiosidade é mostrar a eles o prédio de sua loja.

Incentive-os a fazer perguntas; se eles fizerem uma pergunta que você não pode responder sem quebrar sua obrigação, diga-lhes isso. Nunca encontrei um não-maçom que não respeitasse esse limite.

Convide membros de sua loja para essas visitações públicas, com suas famílias, se possível.

Quando seus convidados vierem, convide os membros de sua Loja e suas famílias para conhecerem seus convidados (que, muitas vezes, trarão membros de sua própria família, especialmente se houver um jantar gratis).


  

Dê aos irmãos algo para fazer

 

A retenção de membros é muito mais importante do que apenas ter novos iniciados.

Nossos irmãos são mais do que apenas números. Eles são indivíduos cujos interesses na Maçonaria irão aumentar ou diminuir dependendo de quanto os envolvemos.

As pessoas se tornam maçons por várias razões, mas as seguintes parecem estar entre as mais comuns:

• Eles querem ser pessoas melhores.

• Eles estão interessados ​​em servir sua comunidade.

• Eles querem aprender.

Como tudo isso pode ser alcançado se não envolvermos os membros de nossa Loja?

Este princípio se aplica não apenas aos nossos mais novos Aprendizes, mas também aos nossos Mestres Maçons mais experientes.

Cada novo membro deve receber algo para fazer, mesmo que seja pequeno.


Lembro-me de minha infância, quando a congregação da minha igreja local tinha um membro recém-convertido; todos os chamados (ou cargos) foram preenchidos.

O bispo sabia que era importante para o novo membro se sentir mais do que apenas um espectador; então, meu bispo criou uma posição não oficial de “recepcionista” e perguntou a esse novo membro se ele estaria disposto a aceitá-la.

Seu trabalho era dar as boas-vindas e apertar a mão de todos os outros membros da igreja quando eles chegassem às reuniões e serviços religiosos.

Este novo membro conheceu outros membros da paróquia muito rapidamente e sempre se sentiu como parte da família da congregação daquele ponto em diante.

Maçons experientes são um recurso maravilhoso para treinar novos maçons em suas respectivas proficiências em rituais, bem como para treinar novos oficiais para funções futuras.

Nossas lojas precisam disso; nossos maçons precisam disso.

Se um maçom for apenas um aprendiz ou companheiro, convide-o para um dos projetos de serviço da loja ou para ajudar a cozinhar para a visitação pública.

Se eles forem Mestres Maçons, mas todas as funções estiverem ocupadas, coloque-os uma comissão, mas aproveite sua experiência.

 

 

O Ritual

 

Com base na última seção, a proficiência em ritual é essencial para a jornada maçônica[2].

Quando um candidato passa por uma cerimônia de iniciação pela primeira vez, ele é submetido a uma quantidade esmagadora de informações e não se espera que se lembre de tudo daquela cerimônia.

O Venerável Mestre da minha loja sempre disse que passar pela cerimônia de iniciação pela primeira vez é como tentar tomar um gole de uma mangueira de incêndio. Falando por experiência própria, só posso concordar com esta observação.

Cada cerimônia de graduação[3] é repleta de lições alegóricas e morais.


Eu recomendo que cada candidato se torne proficiente no catecismo de cada grau após ter passado pela cerimônia de graduação.

Eu recomendo isso especificamente porque minha própria loja, por mais tempo, exigia apenas que as obrigações maçônicas[4] (uma pequena parte do catecismo) fossem memorizadas.

Há apenas alguns anos, a loja mudou este requisito para o catecismo completo; como resultado, cada maçom que passa pelos três graus e, portanto, memoriza os catecismos completos está muito mais informado e familiarizado com essas cerimônias do que eu estava naquela época.

Fico feliz em informar que dediquei tempo para aprender os catecismos completos pouco antes de a Loja fazer essa mudança.

 

Sem panelinhas

 

Não devemos permitir que panelinhas se formem em nossas lojas ou em qualquer outro corpo maçônico. Somos todos irmãos e, portanto, devemos nos considerar igualmente.

Você pode fazer amizade com certos maçons mais do que com outros, mas isso não é desculpa para excluir qualquer um de seus companheiros maçons ou visitantes.

 

Conclusão

 

Este é um problema que a maioria das lojas, grandes lojas, para maçônicas  e afiliados querem resolver.

Uma frase comum que ouvi entre os maçons é,

“Seja a mudança que você deseja ver.”

Seja útil à sua comunidade local; convide outros grupos para ajudar sua loja com esses projetos de serviço e / ou instituições de caridade. Convide sua comunidade para visitar sua Loja.

Mantenha seus irmãos ocupados para que não fiquem entediados; não permita a formação de panelinhas dentro da Loja.

Estas são as recomendações que tenho para aumentar o número de membros de sua loja.

Isso também aumenta o número de membros de sua grande loja e de quaisquer outras organizações, por extensão.






Este artigo foi escrito para MasonicFind.com por Brandon Cole, SW

Tradução para o Português: Paulo Maurício Magalhães M⸫ M⸫ - MRA


[1] A maçonaria americana (variando um pouco entre as obediências) tem por dístico “ Amor fraternal, amparo e verdade”, e não o Liberdade Igualdade e Fraternidade mais usado no Brasil por influência posterior de revolução francesa. (N do T)

[2] Tradicionalmente os rituais americanos devem ser decorados, havendo uma checagem de proficiência na qual o candidato tem que ser aprovado parta poder prosseguir. (N do T).

[3] Referindo-se as três aqui (N do T)

[4] Os juramentos (N do T)

Coisas da Idade

 Existem cinco coisas antigas que são boas:

• Esposas idosas.

• Os velhos amigos para conversar.

• A velha lenha para aquecer.

• Velhos vinhos para beber.

• Os livros antigos para ler.

Émile A. Faguet


O segredo de uma boa velhice não é outra coisa senão um pacto honrado com a solidão

Gabriel Garcia Marques


Envelhecer é como escalar uma grande montanha: enquanto escala, as forças diminuem, mas o olhar é mais livre, a visão mais ampla e mais serena.

Ingmar Bergman


Os primeiros quarenta anos de vida nos dão o texto; os próximos trinta, o comentário.

Arthur Schopenhauer


Os velhos desconfiam dos jovens porque já foram jovens.

William Shakespeare


Quando me dizem que estou velho demais para fazer alguma coisa, tento fazer mais rápido.

Pablo Picasso


A arte do envelhecimento é a arte de preservar alguma esperança.

André Maurois


As rugas do espírito nos fazem mais velhos que os do rosto.

Michel Eugene de le Montaigne


O jovem conhece as regras, mas o velho conhece as exceções. 

Oliver Wendell Holmes


Na juventude aprendemos, na velhice entendemos. 

Marie von Ebner Eschenbach


A maturidade do homem é ter recuperado a serenidade com a qual brincávamos quando éramos crianças.

Frederich Nietzsche


O velho não pode fazer o que um jovem faz; mas faz melhor. 

Cícero


Leva dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar a boca. 

Ernest Hemingway


As árvores mais antigas dão os frutos mais doces.  Provérbio alemão


A velhice tira o que herdamos e nos dá o que merecemos. 

Gerald Brenan


Um homem não é velho até que comece a reclamar em vez de sonhar.

John Barrymore


Velho é aquele que considera que sua tarefa está cumprida. Aquele que se levanta sem metas e se deita sem esperança.

Autor desconhecido

Serie a História dos Ritos Maçonicos

Inicio aqui uma sequência de trabalhos visa apresentar a origem histórica dos ritos praticados no Brasil com maior foco nos ritos escoceses.

Esta ideia nasceu de uma palestra ministrada e tomou corpo na forma de um livro e neste trabalho.

Quero com isso divulgar a bela história da maçonaria e contribuir para o crescimento cultural dos nossos Ir.´.

O presente trabalho não é oriundo de uma pesquisa direta nas fontes primárias, mas na busca em muitos livros e artigos e na elaboração de diagramas visuais que ajudem na compreensão.

Espero que este trabalho possa de alguma forma ajudar aos irmãos.



A Luta Interior


Contam que havia um velho ermitão  que vivia sozinho nas montanhas dedicando-se somente a oração e penitencia, mas que se queixava a quem o visitava que tinha muito oque fazer.


 Um dia lhe perguntaram afinal o que tanto tinha que fazer naquela solidão.

 

O ermitão respondeu:

Tenho que domar os falcões,

Treinar as duas águias, ,

Manter os coelhos quietos,

Vigiar a serpente,

Carregar o asno e

Submeter o leão".

 

Mas não vejo nenhum destes animais aqui onde vives

Onde estão todos estes animais?

Então o ermitão deu uma explicação que todos entenderam.

É que todos estes animais estão dentro de cada um de nós

 

Os Falcões,

Se lançam sobre tudo que se lhes apresenta, de bom ou de ruim .

Tenho que domar-los para que só ataquem as boas presas.

 São meus Olhos

 

As duas águias

Prendem e destroçam com suas garras .

Tenho que treina-las para que se ponham ao serviço


E ajudem sem ferir.

São minhas mãos

 

Os Coelhos


Querem ir onde lhes convém,                   

Fugir dos outros e evitar as coisas difíceis

Tenho de lhes ensinar a ficar quietos

Mesmo que haja algum sofrimento

Um problema ou qualquer coisa que não goste muito…

São meus pés

 

A coisa mais difícil é vigiar a cobra,


 
mesmo trancada numa jaula de 32 barras.

Está sempre pronta para morder e envenenar ao seu redor

 é só abrir a gaiola, se não acompanhar de perto, magoa,

É minha língua

 





O Burro

Ele é muito obstinado,

Não quer cumprir seu dever.

Finge estar cansado e não quer levar sua carga de cada dia,

É meu corpo

 



Finalmente tenho que domar o leão

Ele quer ser Rei, quer ser sempre o primeiro,

é vaidoso e orgulhoso

É meu Coração


 

De acordo com como os enfrentamos

Do empenho que ponhamos …

Dominaremos melhor o que há em nosso interior

E assim seremos verdadeiras pessoas de bem

Seja um bom Domador!

O Rito Adonhiramita

 

Abaixo um trabalho que nos apresenta um pouco da história do Rito Adonhiramita.

Basta Clicar e assistir a apresentação. Se desejar saber mais pode consultar nosso livro cujo link está aqui a direita.


Chefe Seattle

É longo eu sei , mas vale a pena ler.

Os Índios Duwamish habitavam na zona norte do atual estado de Washington, cuja capital Seattle tem o nome do Chefe Índio que proferiu o discurso, conhecido como a Carta do Chefe Índio, que é considerada como um dos mais belos manifestos ecológicos. Após a cessão das terras, os índios Duwamish migraram para a reserva Port Madison onde está sepultado o Chefe Seattle.

"O Grande Chefe de Washington comunicou-nos o seu desejo de comprar as nossas terras. O Grande Chefe assegurou-nos também da sua amizade e de quanto nos preza. Isso é muito generoso da sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade".

Porém, vamos considerar a sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará as nossas terras. No Entanto, como podem comprar ou vender o céu e o calor da terra? Tal idéia é estranha para nós. Se não somos os proprietários da pureza do ar ou do resplendor da água, como podem comprá-los de nós? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo. Cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada clareira e cada zumbido de inseto são sagrados nas tradições e na memória do meu povo. A seiva que corre nas árvores transporta consigo as recordações do homem de pele vermelha. O homem branco esquece a sua terra natal, quando, depois de morto vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem a beleza desta terra, pois ela é a mãe do homem de pele vermelha. Somos parte destas terras como elas fazem parte de nós.

As flores perfumadas são nossas irmãs; o veado, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, as seivas das pradarias, o calor que emana do corpo de um pônei e o próprio homem, todos pertencem à mesma família.

Assim, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que nos reservará um lugar em que possamos viver confortavelmente e que será para nós como um pai e que nós seremos seus filhos. Vamos considerar a sua oferta de comprar a nossa terra, embora isso não seja fácil, pois esta terra é sagrada para nós.

A água cintilante dos rios e dos regatos não é apenas água, é o sangue dos nossos antepassados. Se vendermos a nossa terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e deverás ensiná-lo aos teus filhos e fazer-lhes saber que cada reflexo na água límpida dos lagos fala do passado e das recordações do meu povo. O murmúrio das águas é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, matam-nos a sede, transportam-nos nas canoas e alimentam os nossos filhos. Se vendermos a nossa terra, terás de te lembrar e ensinar aos teus filhos que os rios são nossos e vossos irmãos, e terás de dispensar-lhes a bondade que darias a um irmão.

Nós sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um pedaço de terra vale o mesmo que outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mais sua inimiga, e depois de a conquistar prossegue o seu caminho. Deixa para trás as sepulturas dos seus antepassados e isso não o importa. Apodera-se das terras dos seus filhos e isso não o inquieta. Ele considera a terra, sua mãe, e o céu, seu irmão, como objetos que podem ser comprados, saqueados ou vendidos como ovelhas ou miçangas cintilantes. Na sua voracidade arruinará a terra e deixará atrás de si apenas um deserto.

Não sei. Nossos caminhos diferem dos vossos. As vossas cidades ferem os olhos do homem de pele vermelha. Não há lugares calmos nas cidades do homem branco. Não há sítios onde se possa ouvir as folhas a desabrochar na primavera ou o zunir das asas dos insetos. O barulho que tudo domina ofende os ouvidos do homem de pele vermelha. Para que serve a vida se um homem não pode escutar o grito solitário do noitibó ou a lengalenga noturna das rãs à volta de um pântano? Sou um homem de pele vermelha e não compreendo, talvez porque os homens de pele vermelha são selvagens e ignorantes.

O índio prefere o suave sussurro do vento roçando a superfície de uma lagoa e o perfume do ar lavado pela chuva do meio-dia ou carregado do aroma dos pinheiros.
O ar é precioso para o homem de pele vermelha, porque todas as criaturas partilham a mesma aragem: os animais, as árvores, o homem todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece indiferente ao ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se vendermos as nossas terras deverás recordar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte o seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu o primeiro sopro de vida ao nosso antepassado recebe também o nosso último suspiro. Se vendermos as nossas terras, deverás conservá-la como um lugar reservado e sagrado, onde o próprio homem branco possa saborear o vento perfumado pelas flores da pradaria.


Assim pois, vamos considerar a oferta para comprar a nossa terra. Se decidirmos aceitar, será com uma condição: O homem branco deverá tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo outros costumes. Eu vi milhares de búfalos a apodrecer na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia de um combóio em movimento. Eu sou um selvagem que não compreende que o cavalo de ferro fumegante possa ser mais importante do que o búfalo que nós, os índios, matamos apenas para o sustento de nossa vida.

O que seria do homem sem os animais? Se todos os animais desaparecessem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais não tarda a acontecer ao homem. Todas as coisas estão relacionadas entre si.
Deverão ensinar aos vossos filhos que o chão debaixo dos seus pés é feito das cinzas dos nossos antepassados. Ensinem aos vossos filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão é sobre eles próprios que cospem.

Uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem, é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si.

Tudo o que acontece à terra acontece aos filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a teia da vida, ele não passa de um fio da teia. Tudo que ele fizer à trama, a si próprio fará.


Mas nós vamos considerar a vossa oferta e ir para a reserva que destinais ao meu povo. Viveremos à parte e em paz. Que nos importa o lugar onde de tudo talvez sejamos irmãos, veremos. Mas, nós sabemos uma coisa, que passaremos o resto dos nossos dias. Que já não serão muitos. Ainda algumas horas, alguns invernos e não restará qualquer dos filhos das grandes tribos que viveram outrora nestas terras, ou que vagueiam ainda nas florestas. Nenhum estará aqui para chorar as sepulturas de um povo tão poderoso e tão cheio de esperança como o nosso. Mas porque chorar o fim do meu povo? As tribos são constituídas por homens e nada mais. E os homens vão e vêm como as vagas do mar.
Nem o próprio homem branco pode escapar ao destino comum. Apesar disso, o homem branco talvez venha a descobrir um dia que o nosso Deus é o mesmo Deus. Ele é o Deus dos homens e a sua misericórdia é a mesma para o homem de pele vermelha e para o homem branco. A terra é preciosa aos olhos de Deus e quem ofende a terra cobre o seu criador de desprezo. O homem branco perecerá também e, quem sabe, antes de outras tribos. Continuem a macular o vosso leito e irão sufocar nos vossos desperdícios.
Mas na vossa perdição brilhareis em chamas ofuscantes acendidas pelo poder do Grande Espírito que vos conduziu e que, por desígnios só por ele conhecidos, vos deu poder sobre estas terras e sobre o homem de pele vermelha. Este destino é para nós um mistério. Não o compreendemos quando os búfalos são massacrados, os cavalos selvagens subjugados, os recantos secretos das florestas ficam impregnados do odor de muitos homens e as colinas desfiguradas pelos fios falantes. Onde está a floresta virgem? Desapareceu. Onde está a águia? Morreu. Qual o significado de abandonar os pôneis e a caça? É parar de viver e começar a vegetar.

É nestas condições que vamos considerar a oferta da compra das nossas terras. E se aceitarmos será apenas para ficarmos seguros de recebermos a reserva que nos prometeram. Talvez aí possamos acabar os nossos dias e quando o último homem de pele vermelha tiver desaparecido desta terra, e a sua recordação não for mais do que a sombra de uma nuvem deslizando na pradaria, estes lugares e estas florestas abrigarão ainda os espíritos do meu povo. Assim se vendermos as nossas terras amai-as como as temos amado e cuidai delas como nós cuidamos. E com toda a vossa força e o vosso poder conservem-na para os teus filhos e amem-na como o Grande Espírito nos ama a todos.Sabemos uma coisa: o nosso Deus é o mesmo Deus. Ele ama esta terra. O próprio homem branco não pode fugir ao mesmo destino. Talvez sejamos irmãos, veremos.

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