Quantidade antes da qualidade

 Colocando a quantidade antes da qualidade: o portão do ocidente aberto

Traduzido de: Masonic Improvement


Portão Ocidental é um termo com o qual muitos maçons podem não estar familiarizados. Eu sei que

aqui no Texas nunca tinha ouvido falar dele até que comecei a pesquisar ativamente e a colaborar com outros maçons de várias jurisdições online. No sentido físico, o Portão Ocidental é a porta pela qual os candidatos e irmãos entram para receber seus graus. Em um sentido mais conceitual, o Portão Ocidental é muito mais amplo e a definição  abrange todo o processo de recebimento de propostas, investigações e votação para aceitar e iniciar novos membros.

Em resumo, pelo menos na minha opinião, é mais aplicável a frase “Guardando o Portão Ocidental” e é o que este post vai focar.

Qualidade vs. Quantidade

Quando a impressora passou a ser usada diariamente, os livros, que antes eram incomuns e valiosos, tornaram-se comuns e acessíveis para a maioria das pessoas. A Revolução Industrial teve praticamente o mesmo efeito, pois produziu itens baratos e facilmente acessíveis, que antes demandavam tempo e habilidade para serem produzidos.

Esta postagem não foi escrita para reclamar do progresso. Em vez disso, em ambos os exemplos dados acima, a sociedade mudou de itens de qualidade que antes eram criados por artesãos para uma produção mais rápida em favor da quantidade. Veja, você não pode ter qualidade e quantidade ao mesmo tempo. A qualidade torna um objeto ou uma experiência algo maravilhoso e a quantidade torna um objeto ou uma experiência algo mundano. Este argumento maravilhoso vs. mundano poderia se aplicar a várias facetas da Maçonaria e provavelmente merece seu próprio post no futuro, mas, por agora, vamos aplicá-lo ao Portão Ocidental.

Quatro quartos ou cem centavos? *

* referencia a moeda de 25 centavos americana chamada de "quarter" (N do T)


A problemática de  qualidade versus quantidade se aplica à Maçonaria muito bem, na minha opinião. Lembre-se de que algo que é maravilhoso e/ou de alta qualidade deve, por sua própria natureza, ser escasso. Este princípio também significa que, à medida que um produto se torna cada vez mais comum, a quantidade aumenta, mas se torna cada vez mais mundano.

Infelizmente, é o que está acontecendo em nossa Fraternidade. Em muitas lojas, os padrões considerados mínimos para ser aceito caíram severamente e em algumas lojas os padrões são inexistentes, respeitando apenas o mínimo que foi definido para suas potências (em algumas jurisdições até mesmo esses padrões mínimos são dispensados).

Existe um ditado “Se você não defende algo, então você aceitará qualquer coisa”. Isso também poderia ser adaptado para dizer “Se uma loja não tem um mínimo de padrões, eles aceitarão qualquer pessoa”, o que infelizmente é o caso. Os requisitos que uma potência estabeleceu para os candidatos não devem ser vistos como se fosse o único quesito para  aprovação ou reprovação, mas sim como critérios mínimos a serem considerados para a admissão.

Se você tiver a chance de falar com um verdadeiro maçom veterano, pergunte a ele como era entrar para a Fraternidade naquela época. Há várias décadas, era muito mais difícil se tornar um maçom. Meu próprio avô me disse que quando ele se juntou pela primeira vez na década de 50, a loja que ele fez uma petição tinha uma política tácita de que todos eram recusados na primeira vez que se candidatavam; a ideia era que se alguém realmente quisesse ser um membro, eles voltariam a tentar mais tarde. 
Outros irmãos mais velhos me disseram que precisaram pedir três vezes antes mesmo de receber um formulário. Certas profissões, atividades e reputações podem impedi-lo sem qualquer outro questionamento. Sim, eu sei, todos esses métodos parecem extremos e possivelmente até cruéis para nós hoje, no entanto, eles criaram escassez que, por sua vez, tornou a adesão mais desejável e geralmente aumentou também a qualidade dos membros.

Este é um grande contraste com o processo de propostas de muitas lojas hoje. Na verdade, embora muitas lojas estejam permitindo que todo homem sem ficha criminal se afilie, a maioria das jurisdições dos EUA está perdendo membros mais rápido do que eles podem ser substituídos. Dito isso, quando era difícil obter a adesão, os homens sempre faziam petições durante uma época que muitos de nós hoje consideramos os Anos Dourados da Maçonaria.

Portanto, a questão é esta: você prefere ter quatro moedas de vinte e cinco centavos no bolso ou cem centavos? O que é melhor: uma loja pequena e íntima com um punhado de irmãos de qualidade ou uma grande loja com apenas alguns irmãos ativos e cem membros na lista de presenças que nunca aparecem e nunca se dedicam à Fraternidade?

Considerações finais

Não sou um elitista e não quero ser considerado como tal. No entanto, sou a favor de fazer com que ser maçom  signifique algo novamente. Quando a adesão era menor, as pessoas sabiam que você era uma pessoa de qualidade por se afiliar à Fraternidade, agora nem sempre é o caso. Na verdade, se formos honestos conosco, provavelmente podemos pensar em pelo menos um maçom que não tem nada a ver com a Fraternidade.

O objetivo desta postagem foi incentivar a reflexão sobre o processo de seleção que sua própria loja está praticando. Quais são seus padrões? Quão completo é o seu processo de investigação? Quantas vezes se espera que o candidato venha se encontrar e comer com os irmãos antes de receber uma proposta? Quais são as taxas? Você está realmente aceitando apenas homens que serão bons maçons ou todo e qualquer homem com uma proposta e taxa de iniciação em mãos está sendo aceito?

Temos uma grande responsabilidade como administradores de nossa Fraternidade. Todo homem indigno que entra por um Portão Ocidental aberto tem o potencial de votar, assumir um cargo e até mesmo se envolver no alto nível da potência. Apenas um deste tipo de homem já é bastante danoso, e se permitirmos que centenas de pessoas escapem?

O futuro da Fraternidade está em nossas mãos, irmãos. Queremos que seja maravilhoso ou mundano?


Autor: Justin Jones

Traduzido por:  P. Maurício M. Magalhães - MM - MRA - FRC




Retenção Maçônica

 As chaves para a retenção maçônica

Tradução de: Masonic Improvement


É bem sabido que muitas lojas maçônicas perdem seus novos membros dentro de um ano ou mais após a iniciação.

E se eu lhe dissesse que existe uma maneira de uma loja reduzir o número de novos membros que ela perde?

Também não é um segredo. Na verdade, existem inúmeras lojas que já adotaram a prática que estou prestes a compartilhar.



Você não pode consertar algo se não souber o que está errado!

É bem sabido que o número de membros da Maçonaria está em declínio na América do Norte, por isso é importante que façamos o que pudermos  para reter o máximo de novos membros possível.
Antes de pularmos para o que funciona, é importante entendermos as práticas que não estão funcionando.

Atualmente, quando um homem manifesta interesse em ingressar na fraternidade, o prazo geral para fazer-lhe uma proposta, investigá-lo e inicia-lo é ... o quanto antes. Muitas vezes ficamos entusiasmados com a perspectiva de um novo membro e queremos colocá-lo na fraternidade o mais rápido possível, antes que ele mude de ideia ou perca o interesse.

A investigação é tratada como uma formalidade e muitas vezes não é levada muito a sério.

Em algum momento no início, também contaremos a ele sobre nossas taxas (baratas) com um tom de desculpas, como se desejássemos poder fazer tudo gratuitamente.

O que muitas vezes acontece é que em algum momento o novo membro decide que a Maçonaria dá muito trabalho, ele não sente que se encaixa, ou que a organização não é nada como ele foi levado a acreditar que seria (isso aconteceu comigo).

Assim, é fácil para ele se afastar da fraternidade nesse ponto. Até agora ele investiu muito pouco tempo, dinheiro ou energia na organização, então não é como se ele tivesse algo a perder simplesmente desistindo quando perde o interesse.
 
Aplique as mesmas práticas ao próximo candidato e espere que ele continue.

Iniciar. Insistir. Repetir.

Neste ponto, parece natural fazer uma referência à citação de Albert Einstein sobre a insanidade. Provavelmente todos nós já ouvimos várias vezes até agora e há algum debate se ele realmente disse isso, mas isso não o torna menos aplicável aqui...



“A definição de insanidade 

é fazer a mesma coisa repetidamente 

e esperar resultados diferentes.”


Todas as práticas que acabei de detalhar se enquadram no que chamo de abordagem da  Quantidade sobre Qualidade para novos membros. Basicamente, é quando uma loja permite que qualquer pessoa qualificada se junte e espera que eles continuem por aqui. Se você quiser saber mais, eu o encorajo a verificar o link acima.

O que atrai na abordagem de  Quantidade sobre Qualidade é que ela tem três características: é rápida, fácil e barata.

Quantas coisas você valoriza em sua vida que foram rápidas, fáceis e baratas?

Por outro lado, quantas coisas você valoriza em sua vida que vieram lentamente, foram difíceis e não saíram baratas?

Isso nos leva ao tema em questão: como reter mais novos membros?


Consertando o que está quebrado ...

Se as práticas na última seção se concentram em ser rápido, fácil e barato e determinamos que isso é ineficaz, e se adotássemos a abordagem oposta? Vamos dar uma olhada nas práticas já mencionadas e ver como elas mudariam.

1. Em vez de fazer uma proposta a um candidato assim que ele manifestar interesse e, em seguida, apresentá-lo à loja o mais rápido possível, leve um tempo com esta etapa do processo.

Uma vez que um homem demonstre interesse pela fraternidade, convide-o a visitar a loja sempre que possível e diga-lhe que pode levar vários meses até que ele seja votado. Isso garante várias coisas:

  • Ele terá investido tempo na fraternidade.
  • Isso lhe dá oportunidades de construir relacionamentos prévios com os irmãos.
  • Isso lhe dá tempo para decidir se a Maçonaria, ou esta loja, em particular, é a certa para ele.
  • Da mesma forma, também dá aos membros da loja tempo para decidir se a Maçonaria ou esta loja, em particular, é certa para ele.
  • No momento em que for votado, ele deve estar totalmente ciente do que se espera dele.
  • Finalmente, se ele parar de aparecer, você sabe que não o teria alcançado de qualquer maneira.

Quanto à questão de quanto tempo esse período deve durar, não há uma resposta única. Se um candidato for bem conhecido e querido, pode ser solicitado que espere dois ou três meses. Por outro lado, se um estranho se apresentar e  alguns irmãos se sintam preocupados, ele pode ter que esperar seis meses ou mais até que todos estejam satisfeitos ou que lhe digam que a Maçonaria, ou a loja, simplesmente não é a certa para ele.

2. Leve o processo de sindicância o mais a sério possível. Escrevi um post inteiro sobre isso aqui e, embora não tenha sido bem recebido por todos, não estou sugerindo que você tenha que adotar as práticas que discuto como se fosse tudo ou nada. É simplesmente uma lista de diretrizes e ideias, trate-a como tal.

3. Reavalie suas taxas de graus. Muitas vezes, essas taxas são definidas arbitrariamente e não foram muito pensadas nos últimos anos. Não estou sugerindo que você aumente suas taxas só para ser mais caro, mas você deve dividir o custo de cada grau e a Loja definitivamente não deve perder dinheiro ao conferir um grau.


Não existe uma fórmula definida para isso. Pode ser tão simples quanto calcular o custo de uma Bíblia Sagrada e um avental e ter certeza de que eles são considerados ou pode ser tão complicado quanto levar em conta o custo da eletricidade durante o curso e as práticas anteriores, bem como o jantar.

Em última análise, depende da Loja.

Como uma ideia, eu sugeriria considerar a apresentação de pequenos "brindes" no final de cada grau: ferramentas de trabalho, outras coisas mencionadas durante a cerimônia, ou mesmo um certificado de Mestre Maçom mais elaborado que poderia ser emoldurado e apresentado ao irmão. Se você fizer isso, certifique-se de incluir o custo nas taxas também.

O resultado final é que ninguém se aproxima da Maçonaria esperando que seja barato, então não há necessidade de se desculpar ao discutir as taxas. As pessoas encontram tempo e dinheiro para fazer coisas que são importantes para elas e são muito mais relutantes em abandonar os investimentos maiores que colocaram em si mesmas.

Por último, mas não menos importante: não acelere o irmão ao longo dos graus. Está aí por uma razão e se seu padrinho não o encoraja a refletir e internalizar as lições que ele aprende em seus graus e rituais, então ele está apenas memorizando palavras e isso não o tornará um homem melhor do que era quando entrou.
É mais difícil assim, mas dá ao irmão uma realização da qual ele pode se orgulhar quando entregar seu trabalho.

Observações finais

Para encerrar, observamos que a abordagem rápida, barata e fácil de Quantidade em vez de Qualidade que muitas lojas adotaram é ineficaz na retenção de novos membros.

Em vez disso, tomamos essas mesmas práticas e usamos a abordagem oposta para ver o que isso realmente traria para nossas lojas e como isso nos ajudaria a cumprir nossos objetivos de manter novos irmãos ativos e engajados na loja.

Essas práticas não são especulação. Existem muitas lojas que estão fazendo exatamente essas coisas com resultados muito promissores. Isso significa que em algum momento eles perceberam a mesma coisa que indiquei anteriormente neste post: as práticas antigas simplesmente não estão funcionando e algo tinha que ser feito para consertar as coisas.

Minha pergunta para cada um de vocês é a seguinte: quantas evidências vocês precisam para começar a adotar práticas mais saudáveis em sua loja?

Artigo escrito por:  Justin para Masonic Improvement

Traduzido por:  P. Maurício M. Magalhães - MM - MRA - FRC

Como observação deste tradutor, entendo que as ideias chave são:
1) não repetir o que não está funcionando
2) adaptar a Maçonaria à atualidade (sem sacrifício da tradição)
3) fazer valer a pena o tempo e dinheiro despendidos
4) adaptar tudo isso à realidade nacional e de cada loja

Reformando os Deuses

 Reformando os Deuses

Tradução e adaptação de :Universal Freemasonry


Eu estava participando de um grupo de estudos de Livros Esotéricos na semana passada quando ouvi a frase "reformando os deuses". Já ouvi, muitas vezes, sobre como Deus nos reforma, como a teologia pode ser reformada, mas não sobre como os humanos reformam os deuses. Parecia arrogância, para mim. O que se quer dizer quando dizem que "alguém está tentando reformar os deuses?"

Reformar algo é desmontá-lo, peça por peça, e usar o material para criar alguma nova forma, alguma nova “coisa” que é ostensivamente melhor do que a velha “coisa”. Reformar os deuses, em termos mais simples, é pegar o que nós sabemos de nossos deuses e criar algo novo a partir de suas formas, de sua essência. Isso não parece uma tarefa fácil. Estamos remodelando tudo o que entendemos sobre os deuses, ou Deus, e transformando isso em algo que achamos melhor. Novamente, arrogância.

A questão é: como o ser humano reforma seus deuses? Talvez a simples devoção se transforme em fanatismo radical. Talvez o façam por meio de sua própria interpretação errônea dos costumes, práticas e dogmas da religião ou da sociedade, formando as regras para se submeter à sua vontade. Seus desejos. Eles misturam a ideia da vontade divina com a sua, buscando fundi-los, ou buscando justificá-los? 

Joseph Campbell, em O Herói das mil faces , na seção sobre Iniciação, afirma:



Os cultos totêmicos, tribais, raciais e missionários agressivos representam apenas soluções parciais para o problema psicológico de subjugar o ódio pelo amor; eles iniciam apenas parcialmente. O ego não é aniquilado neles; em vez disso, é ampliado; em vez de pensar apenas em si mesmo, o indivíduo passa a se dedicar a toda a sua sociedade. O resto do mundo ... é deixado fora de sua simpatia e proteção porque (está) fora da esfera e proteção de seu Deus. E aí ocorre, então, aquele divórcio dramático dos dois princípios de amor e ódio que as páginas da história tão abundantemente ilustram. Em vez de limpar seu próprio coração, o fanático tenta limpar o mundo.


Ao pensar sobre isso, me pergunto se a maneira como os humanos usam a linguagem para expressar seus pensamentos afeta nossa teologia da mesma forma que a linguagem, a biologia e a cultura estão intrinsicamente ligadas. Podemos pensar que há evolução da biologia, mas não há evolução da cultura também? E se ambos estão evoluindo, nós, como humanos e como parte dela, estamos evoluindo a linguagem para acompanhar o ritmo. 
Faz sentido que nossa teologia evolua para sobreviver. Certamente é a adaptação que faz com que prevaleça a melhor  linhagem, não apenas a perseverança. Ainda assim, a evolução vem em muitas formas, e sabemos que as espécies evoluíram até a extinção: não por sua própria vontade, mas pelos veículos de adaptação a ambientes hostis e temporários. Os extremos não podem durar.

A Maçonaria, de algumas maneiras estranhas, não se rendeu a essa adaptação de cultura e linguagem; no entanto, de certa forma, sim. Temos a empoeirada Maçonaria de outrora, que contém as formas
rituais inalteradas desde tempos imemoriais. É o ritual mantido imaculado, os antigos ornamentos mantidos  brilhantes e apenas o mais breve sopro de questionamento fora dos monitores e rituais mencionados. É uma Maçonaria sólida em suas raízes, mas não tem nada acima do solo onde a Luz possa brilhar sobre ela.

Então temos uma Maçonaria que está à beira de algo maior do que seus antecessores. Assim como a evolução, as instituições acompanham a cultura. Nesse sentido, a Maçonaria é global. É fundamental que a Maçonaria use símbolos para se comunicar - uma linguagem global. Ela foi levada a muitos lugares por maçons viajantes, estabelecendo Lojas onde quer que cheguem. Não pode deixar de ser global, e até mesmo a “velha” empoeirada Maçonaria é global. 

Isso significa que deve evoluir pela pressão da evolução cultural global. Do contrário, segue o caminho do dinossauro - lembrado em poços de alcatrão e tanques de gasolina, museus e sítios históricos. Ele se tornará a espinha dorsal de uma nova Maçonaria que busca viver de acordo com seus elevados objetivos de tolerância, solidariedade, igualdade e liberdade para todos os seres humanos. Isso inclui pessoas de todas as raças, credos, e idades. 

As virtudes básicas da Maçonaria dizem respeito à qualidade da pessoa, não a essas características humanas divisivas. Esta é uma Maçonaria que está se construindo sobre as raízes do antigo, avançando pela terra e começando a crescer ao sol.

Campbell no mesmo capitulo nos afirma:


Uma vez que tenhamos nos libertado dos preconceitos de nossa própria interpretação eclesiástica, tribal ou nacional provincialmente limitada dos arquétipos do mundo, torna-se possível entender que a iniciação suprema não é aquela dos pais maternais locais, que então projetam agressão sobre os vizinhos para sua própria defesa. A boa notícia, que o Redentor Mundial traz e que muitos ficaram contentes em ouvir, zelotes em pregar, mas aparentemente relutantes em demonstrar, é que Deus é amor, que Ele pode ser e deve ser amado, e que todos sem exceção são seus filhos.


As armadilhas do dogma religioso são “armadilhas do orgulho” que são mantidas “paralelamente” às principais virtudes da mensagem. No entanto, nós, humanos, lutamos contra isso. Lutamos todos os dias para interpretar, e interpretar mal, o significado do texto filosófico e religioso, agarrando-nos ao que o Dr. Wayne Dyer chamou de “uma zona errônea” que inibe a forma como funcionamos na vida. Não podemos pensar de forma diferente e quando a mudança chega, a mudança adaptativa para fluir com a evolução, nós hesitamos.

Algumas das Lojas Maçônicas, na onda da pandemia COVID-19, alteraram seus formatos. Outras simplesmente fecharam durante o período, pois seus membros corriam um risco maior do que a média da população. Outros passaram a fazer sessões de estudo online independentes, pontuais, e outras fizeram podcasts e lives. Estas são algumas boas adaptações, são uma evolução criada pela população mais jovem e mais experiente em tecnologia. Aqueles que estão em contato com as mudanças culturais.

Outras Lojas e Ordens se adaptaram ainda mais. Rituais curtos foram criados para algumas reuniões de Loja que, embora não fossem reuniões regulares, reuniam todos em uma teleconferência para discutir ensaios e escritos relevantes. É “a forma resumida” de uma reunião que mantém a consistência e ainda se adapta às necessidades do mundo. 


Os irmãos ainda compartilham conversas fraternas, amor fraternal e algum alívio para as doenças que nos cercam. As palestras filosóficas maçônicas, para um grupo, passaram de presenciais para online, com uma participação ainda maior - até 100% mais indivíduos registrados do que em reuniões anteriores. A discussão e o debate são animados e estimulantes, permitindo que as pessoas levem mais ensinamentos do que tinham no início da reunião. Isso não substitui o ritual da Maçonaria nem a necessidade de integração da mente, corpo e espírito na forma da Maçonaria. É a adaptação para sobreviver, para prosperar, em um mundo de medo, caos e mudança.

Não vejo que uma Maçonaria que se adapta e flui com as necessidades do mundo seja uma Maçonaria tentando reformar seus deuses. Pelo contrário; é garantir que a Maçonaria não seja um dogma, que ela não seja algo estático coletando a  poeira do tempos, o que garantiria sua morte. 

Temos que permitir a mudança e  a evolução, do contrário estaremos destinados a cair ao extremo, e então murchar e morrer. Não. Às vezes, é preciso uma pandemia para acordar, mudar o caminho em que estamos e tentar algo novo. É uma mudança cuidadosa, lenta mas progressiva, que mantém o bombeamento do sangue e o crescimento das células. Talvez sejam as células e o sangue que instigam a mudança, ao estilo darwiniano, para criar a nova cultura. Não é necessário um prodígio de lógica para descobrir que precisamos nos adaptar para não morrer.

A  velha Maçonaria está morta. Viva a Maçonaria!


Traduzido por:  P. Maurício M. Magalhães - MM - MRA - FRC

Expansão e queda

 Expansão e queda: Porque a maçonaria dos EUA segue em declínio.


Traduzido de Masonic inprovement


Sinto a necessidade de iniciar este artigo com um aviso e garantir aos meus leitores que não é minha intenção ofender ninguém com o conteúdo desta postagem. Dito isso, embora eu esteja extremamente hesitante em até mesmo escrever este artigo, não me sinto culpado por apresentar os fatos como os vejo.

O fato é que este não é um artigo que eu quero escrever, é um artigo que sinto que devo escrever

Recentemente, tive algumas conversas com alguns irmãos sobre a direção que nossa fraternidade parece estar tomando, o que realmente me fez pensar. É verdade que conversas sobre esse assunto não são incomuns em nossa fraternidade e qualquer irmão que tenha sido membro por algum tempo na América do Norte ouviu ou participou de uma delas.

Fique tranquilo, não é minha intenção mergulhar nos dados relativos às nossas estatísticas de membros e fazer previsões sobre o que está por vir para a Maçonaria. O Ir..Lance Kennedy já cobriu os números extensivamente com seu artigo “A Maçonaria está morrendo” e, neste ponto, não há necessidade de reafirmar o que já foi trazido à luz. Minha análise deste artigo pode ser encontrada aqui se alguém estiver interessado em para onde eu acredito que a fraternidade está indo.

O que quero expor neste artigo é por que acredito que esses números ainda estão em declínio. Em outras palavras, sabemos o quê, agora vamos descobrir o porquê.

Infelizmente, isso pode deixar algumas pessoas chateadas.

Agora peço sua atenção para o gráfico abaixo. Usando os dados fornecidos pela Associação de Serviço Maçônico da América do Norte, podemos traçar um gráfico que nos dá uma ideia geral de como as tendências do número de membros em nossa fraternidade  na América do Norte se comportaram  desde 1924.
Como você pode ver, o número de associados atingiu o pico em 1959 e está em declínio constante desde então.


Antes de seguirmos em frente, vamos ver o que sabemos: a Geração Silenciosa se juntou à nossa fraternidade em grande número em meados do século passado, o que causou o aumento de membros refletido no centro do gráfico.

Assim que os Baby Boomers atingiram a maioridade (os Boomers mais velhos teriam apenas cerca de 13 anos em 1959), eles se juntaram à fraternidade, mas não no mesmo número da geração anterior.

Neste ponto, você pode se perguntar por que ainda estávamos em declínio quando os Boomers se juntaram e a razão para isso seria porque nosso número de membros estava tentando se estabilizar e retornar ao equilíbrio. Outra maneira de pensar sobre isso seria considerar o enorme aumento dos números como uma aberração que só poderia ser temporária e eventualmente voltaria ao normal.

Apesar do que muitas vezes é dito , os dados não apresentam qualquer evidência de que os boomers aderiram em grandes números à maçonaria.


Também sabemos que a Geração X geralmente não tinha interesse em ingressar na Maçonaria ou em qualquer uma das organizações de seus pais. Se tivessem, talvez eu não tivesse escrito este artigo, pois seria razoável prever que estaríamos olhando para um gráfico diferente, onde os níveis de declínio voltam e se estabilizam em algum lugar entre 3 e 2,5 milhões de membros.

O que é estranho é que ambos os Millenials e a geração Z (ou como quer que eles venham a ser chamados) estão interessados na Maçonaria, mas, para a frustração das Lojas e Grandes Lojas na América do Norte, não conseguimos retê-los. O declínio deveria estar diminuindo, mas os novos membros estão deixando a Maçonaria o mais rápido que as lojas podem inicia-los.

A questão agora é por quê?

Sucessão Geracional

A maioria dos leitores provavelmente está familiarizada com a ideia de sucessão, pela qual algo é herdado, como um título ou uma propriedade. No contexto da Maçonaria, a sucessão geracional ocorre quando a administração da organização é herdada de uma geração pela outra que a sucede.

O processo de sucessão geracional é tipicamente muito gradual, conforme os membros mais jovens se juntam e os membros mais velhos vão para a Loja Celestial acima. Com o tempo, a geração seguinte herdará o manto da administração plena da fraternidade e o ciclo recomeça.

À medida que cada geração lentamente se torna a principal parte interessada de cada Loja e Grande Loja, a própria fraternidade começará a refletir os valores sociais daquela geração. É por isso que a Maçonaria mudou tanto nos cerca de 300 anos de existência da Fraternidade. Se um irmão moderno fosse colocado em uma reunião de loja há 300 anos, o que ele veria seria muito diferente de qualquer experiência maçônica que ele teve em nossas lojas atuais. No entanto, se pegássemos um irmão de 275 anos atrás e o colocássemos na mesma situação, ele seria muito mais familiarizado, embora certamente também notasse algumas diferenças.


Portanto, em suma, a sucessão geracional é importante porque permite que a Maçonaria se adapte gradualmente de acordo com as expectativas geracionais da fraternidade. Normalmente, as diferenças de expectativas entre uma geração e sua sucessora são pequenas o suficiente para que, embora certas coisas mudem, as diferenças não são tão grandes a ponto de criar contendas entre os irmãos.

Então ... o que acontece se essa sucessão pular uma geração inteira?

Foi o que aconteceu quando a Geração X optou por não ingressar na fraternidade e os efeitos são triplicados. Acredito que identificá-los nos dará uma ideia do motivo pelo qual nossos membros ainda estão em queda livre.


Os Três reflexos

1. Os Boomers mantiveram a administração de nossa fraternidade por quase 40 anos e moldaram a fraternidade para refletir seus valores e expectativas durante este tempo. Neste período, eles foram os principais interessados em nossas lojas e Grandes Lojas e, como tal, tiveram mais controle sobre as políticas e um maior período de tempo para implementar mudanças do que qualquer geração anterior.

Resumindo, a maioria dos programas e políticas que as lojas e grandes lojas têm atualmente em vigor, sejam elas boas ou ruins, foram implementadas ou alteradas pelos Boomers.

Meu vídeo “Seven Ways To Retain Millennial Masons” fala sobre o que eu acredito que os jovens estão esperando da Maçonaria, a maioria do qual está em nítido contraste com o que os irmãos mais velhos supõem que desejamos. Esta 'desconexão' é devido à lacuna na sucessão geracional.

2. Conforme declarado anteriormente, a maioria de nossos membros consistia de Boomers por várias décadas. Muitos deles estão envolvidos com a fraternidade há mais tempo do que a maioria dos jovens maçons, incluindo eu, estão vivos e em muitas lojas eles eram os irmãos que mantinham as portas abertas quando ninguém estava entrando, não havia ninguém novo para assumir um cargo, e o a Loja não tinha dinheiro suficiente para manter as luzes acesas.

Temos uma grande divida de gratidão com eles por isso.

Por outro lado, quando algo esteve sob seus cuidados por um longo período de tempo, pode ser difícil entregá-lo a outra pessoa, que é o que vemos 99% das vezes quando um novo maçom jovem e entusiasmado deseja  se envolver com sua loja e começar a contribuir.

Quando um homem sente que sua opinião não importa, ele eventualmente encontra um lugar que ela importe. Isso não é exclusivamente Millenial também, todo homem quer ser ouvido e sentir como se estivesse contribuindo com algo.

3. A lacuna no meio de sucessão de gerações gera uma diferença maior entre as expectativas sobre a  fraternidade do que se poderia esperar caso não houvesse oi gap geracional. Pequenas mudanças são geralmente mais facilmente aceitas, entretanto os jovens parecem querer experiências muito diferentes para sua jornada maçônica do que os Boomers.

Essas expectativas, quando combinadas com as outras duas questões listadas acima, raramente são atendidas.

Acredito que é por isso que perdemos os jovens quase tão rápido quanto podemos iniciá-los.


Conclusão


Quero repetir e esclarecer que este artigo não se destina a criticar, menosprezar ou caluniar qualquer um dos meus colegas maçons. Para aqueles de vocês que leram isso, mas ainda estão chateados comigo, saibam que desejo o melhor, mas não vou me desculpar por compartilhar os fatos como os vejo.

Não acredito que os Baby Boomers tenham feito algo errado, eles simplesmente fizeram o que cada geração com a administração da fraternidade fez antes deles, eles apenas tiveram mais tempo e influência para fazer isso.

Chegamos à resposta ao nosso último motivo: os jovens estão deixando a fraternidade porque geralmente não está fornecendo o que eles esperavam encontrar.

Há um buraco em nosso balde e ele está perdendo água mais rápido do que podemos enchê-lo.



Artigo escrito por:  Justin para Masonic Improvement

Traduzido por:  P. Maurício M. Magalhães - MM - MRA - FRC

Os Quatro Elementos: O Que Significam Na Maçonaria? [Parte 1]

Os Quatro Elementos: O Que Significam Na Maçonaria? [Parte 1]

Traduzido de : Universal Freemasonry

Parte da jornada de um maçom é familiarizar-se com os conceitos apresentados na loja e descobrir seu significado para si mesmo. Embora existam, é claro, interpretações compartilhadas e transmitidas através das gerações entre os maçons, parte do que torna a Maçonaria tão única entre os ensinamentos e práticas espirituais do mundo é que o núcleo do que é preservado é fundamentalmente simbólico e, em última análise, a compreensão que cada irmão tem dos símbolos, são suas. Não existe uma doutrina ortodoxa explícita e concreta a respeito do significado de quaisquer símbolos específicos e, portanto, a Maçonaria é livre para evoluir e aprender como um coletivo, ao mesmo tempo que preserva algo antigo e não falado, mas incorporado e sentido.

Entre os símbolos da loja e rituais maçônicos estão os elementos, sendo os quatro elementos clássicos de Terra, Água, Ar e Fogo. Várias ordens, jurisdições e lojas colocam mais ou menos ênfase nos elementos e os discutem de maneiras diferentes. Sem revelar nenhum aspecto dos próprios rituais, podemos dizer que, apesar de não serem universalmente enfatizados em toda a Maçonaria, os elementos são importantes para qualquer estudo completo do esoterismo e dos mistérios. Na verdade, quanto mais esotérico é um ramo particular da Maçonaria, mais ênfase ele deve colocar sobre ele, o que talvez possa explicar por que na Co-Maçonaria Universal, eles são significativos desde o início da jornada maçônica. Então, como podemos ver os elementos com um olho maçônico e entender seu significado para nossas vidas e nossa Arte?


Elementos como Símbolos

Embora os aspectos literais ou científicos dos elementos sejam parte do quebra-cabeça, por si só eles são insuficientes para entender por que os elementos são tão importantes para a Maçonaria. O significado dos elementos na maçonaria são como símbolos, e o simbolismo é uma linguagem própria. Esta é também a linguagem com a qual interpretamos os sonhos ou a literatura, é a linguagem da experiência direta, as formas da experiência e como elas representam para o desenvolvimento da consciência.

Qual é o propósito de olhar os elementos simbolicamente? A primeira pista que podemos encontrar aqui é que os elementos são, por definição, o que compõe o mundo e também nós mesmos. É tradicionalmente por isso que os elementos são considerados significativos, em primeiro lugar. Portanto, podemos ver os elementos como componentes essenciais do Mundo e, uma vez que O Mundo e O Eu são, em última análise, uma coisa só, eles são componentes essenciais da experiência humana também. Da mesma forma que podemos pensar nos elementos como correspondendo a diferentes estados da matéria {em química / física os estados de sólido (Terra), líquido (Água), gás (Ar) e energia (Fogo)}, também podemos interpretá-los como representações de estados de experiência, mente ou consciência humana.


 Terra

O elemento Terra é o mais sólido e estável dos quatro, com as qualidades menos dinâmicas ou mutáveis. Em vez de ser uma fonte de energia, ou particularmente sujeito a mudanças energéticas, ele tende a absorver energia e difundí-la sem muita mudança real para o próprio elemento. Um ótimo exemplo é o aterramento de um para-raios; embora uma enorme quantidade de energia esteja indo para a Terra, a energia é rapidamente difundida, sem muita mudança para a própria Terra. O fogo é outro exemplo, porque embora a água seja frequentemente o método mais eficaz de extinguir um incêndio, devido às suas outras qualidades que facilitam a explosão de vapor de uma mangueira, tecnicamente jogar Terra no fogo seria sempre o método mais eficaz de extinguir o fogo com o consumo energético dinâmico. Ao contrário da água, a Terra não é evaporada pelo Fogo.

Em termos de forma e mudança, a Terra tem o maior grau de inércia, é a menos suscetível ou a mais lenta à mudança. Também possui a maior integridade estrutural, pois os edifícios construídos com pedras, um tipo de terra, podem durar séculos ou até milênios. Ele também forma literalmente a base sobre a qual nos posicionamos e sobre a qual todas as estruturas são construídas, portanto, nesse sentido, a Terra também é a essência arquetípica da base, do alicerce, da estabilidade. Como tal, podemos ver os aspectos correspondentes de consciência, mente e experiência como aqueles que compartilham essas qualidades: sobrevivência, estabilidade, estar fundamentado na realidade física, na experiência corporal; também qualquer estado de espírito que envolva um alto grau de inércia, seja isso considerado positivo, como na estabilidade mental e emocional, ou negativo, como teimosia.


Água


O elemento Água é um pouco menos sólido e estável do que a Terra, mas ainda menos dinâmico e mutável que o Ar ou o Fogo. Ao contrário do Ar, é mais obviamente limitado pela gravidade e, ao contrário do Fogo, não emite energia. A água é um elemento que flui, sempre encontra o caminho de menor resistência e assume a forma de qualquer recipiente ou ambiente em que venha. Por ser mais suscetível à influência mutável da energia do que a Terra, ele pode ser evaporado dos lugares mais baixos e quentes e, em seguida, ser colocado novamente, especialmente nos lugares mais altos ou mais frios. Por causa dessa dinâmica, como todos sabemos, ela cria um ciclo que flui e nutre a Terra e torna a Vida possível. Se a Água fosse um pouco mais inerte, ela simplesmente ficaria no oceano e seria uma piscina gigante; se fosse um pouco menos inerte, ficaria acima da Terra na forma de nuvens e nunca mais voltaria para baixo. Como tal, a água ocupa um lugar especial entre os elementos, pois toca e viaja entre todos eles, estando em alinhamento com a sua qualidade essencial de fluxo.

Em termos de simbolismo, normalmente vemos a Água como uma representação de emoção, mas por quê? Novamente, como acontece com a Terra, é principalmente por causa da semelhança experiencial das qualidades essenciais da água com as de nossas emoções. Como a água, nossas emoções simplesmente fluem através de nós, com base em tudo o que ocorre em nossa experiência, em relação ao relativo dinamismo energético da mudança. Por exemplo, um excesso de Fogo ou mudança energética em nossas vidas vai aquecer nossa Água, que geralmente experimentamos como raiva ou paixão. Nesses casos, podemos dizer que as coisas estão ficando “úmidas” ou que “esquentamos” de raiva. Por outro lado, se houver uma relativa falta de mudança dinâmica e energética, nossas emoções podem se tornar totalmente sólidas, como gelo, e as pessoas em um estado que chamamos de frio ou frígido, porque sua emoção / Água parou de fluir, tornou-se como a Terra. Quando nossas emoções estão em seu estado líquido normal de fluxo, nós as vivenciamos como simplesmente vindo por conta própria, não particularmente sob nosso controle, e elas "passam por cima" de nós ou nos atingem "como ondas". Consequentemente, a Água geralmente representa emoção. 


A parte inerte do espectro elemental



À medida que examinamos os primeiros dois elementos, torna-se óbvio que eles representam pontos diferentes ao longo de um espectro. Qual é a natureza desse espectro, qual é a variável primária? O espectro parece variar desde os elementos mais inertes, o que significa também aqueles mais limitados pela força da gravidade ou inércia, e menos suscetíveis à força da mudança energética e do movimento, ou talvez liberdade de movimento. Na astrologia, isso corresponderia às qualidades de ser mutável ou fixo. Assim como vemos os elementos como representando aspectos de si mesmo, eles também são vistos como partes ou estados de espírito e experiência que são mais ou menos suscetíveis à inércia e mudança, quietude e dinamismo e, talvez, Ordem e Caos.

Dentro desses dois elementos, podemos ver este espectro começar a emergir, já que a Terra é mais limitada e menos suscetível à mudança energética, e a Água um pouco menos, com sua capacidade de mudar, torna-se temporariamente como a Terra sólida ou o Ar gasoso, enquanto sua qualidade mais essencial é fluir entre eles. Aqui estão muitas pistas para o mistério dos elementos e, à medida que continuarmos nossa jornada no próximo post, veremos ainda mais significado e obteremos uma maior compreensão do que os elementos estão dentro de nós. 


Escrito Por Johnathan Dinsmore para Universal Freemasonry

Traduzido Por: Paulo Maurício M. Magalhães - MM - MRA - FRC

Os Quatro Elementos: O Que Significam Na Maçonaria? [Parte 2]

 Os Quatro Elementos: O Que Significam Na Maçonaria? [Parte 2]


Traduzido de:  Universal Freemasonry


Em nossa discussão anterior na Parte 1, começamos um exame dos elementos como símbolos e continuaremos com isso aqui.

Abordamos os dois primeiros elementos, Terra e Água, e discutimos suas qualidades essenciais e correlatos simbólicos na mente ou consciência. À medida que continuamos com Ar e Fogo, o leitor fará bem em lembrar a importância da estrutura e da fluidez, bem como da inércia e da mudança.


Ar 



O elemento Ar é um avanço na qualidade dinâmica da Água, mas não exatamente como o Fogo. Em muitos aspectos, o Ar é diferente, mas não tão diferente da Água. Como a água, ele sobe quando é aquecido e cai quando é resfriado. Como a Água, ele flui ao redor do globo, na forma de vento. No entanto, ao contrário da Água, tem uma qualidade de expansividade, há mais pressão para fora e menos pressão para baixo, uma vez que não cai ou flui na forma líquida. Um aspecto crítico do Ar em nossa própria experiência é que ele é o elemento mais imediatamente necessário para nossa biologia, podemos passar muito mais tempo sem comida (Terra) ou bebida (Água) do que sem ar. O ar é um ingrediente essencial do fogo e, sem ele, o fogo irá imediatamente eliminar o ar. O ar tem uma qualidade espaçosa, oferece muito pouca resistência ao movimento e qualquer coisa leve o suficiente pode realmente flutuar ou voar, o que é essencialmente como nadar no oceano de ar.

Então, o que é o ar dentro de nós? Assim como os elementos anteriores, as pistas estão em nossa experiência direta. Quando estamos no ar, podemos ver claramente o que está mais longe, como a águia voando alto, mas capaz de ver o menor rato. Nós nos referimos aos empreendimentos humanos mais intelectuais como a “Torre de Marfim”, que é, obviamente, muito acima e distante do resto da vida humana, capaz de ver tudo através do ar. O mesmo poderia ser dito das montanhas, que também são onde se costuma dizer que santos e grandes mestres são encontrados, aqueles que são sábios e “vêem” a verdadeira perspectiva da vida. O ar também ressoa com o conceito de liberdade, precisamente por causa da falta de obstrução, e a liberdade muitas vezes é personificada simbolicamente como voar - como um pássaro. Portanto, o Ar é mais livre e menos inerte do que os três elementos anteriores e corresponde aos aspectos de nossa mente e experiência que são mais livres e claros. Parte do que o Ar representa é  a pura mente, ou intelecto, é o espaço mental dentro do qual imagens claras, pensamentos e modelos conceituais podem ser formados.


Fogo



De muitas maneiras, o elemento Fogo parece estar separado dos outros três elementos. Em vez de ser algo, uma substância, o fogo é mais um processo, uma mudança. O fogo transforma uma coisa em outra e também separa uma coisa da outra. O exemplo mais simples é a separação dos gases aprisionados dentro de uma tora de madeira (terra) inerte, da qual sobra somente cinzas após da queima. Além disso, envolve radiação, a liberação não apenas de gás, mas também de energia que estava latente dentro do elemento que o fogo queimava, emitindo luz e calor. Assim, de certa forma, pode ser visto como uma transformação daquilo que está preso no que é livre, da matéria em energia.

Podemos dizer que as qualidades essenciais do fogo são dinamismo, mudança, transformação e purificação. Em certo sentido, embora pareça separado, o fogo também é a fonte de todos os outros elementos, pois é apenas pelo fogo do sol que todas as coisas têm movimento e existência. Sem fogo, tudo seria escuridão imóvel.

Por essas razões, também pode ser difícil identificar o significado simbólico exato do Fogo dentro de nós, embora pareça claramente significativo. Certamente, o Fogo habita dentro de nós, na forma de energia produzida pelo lento “fogo” químico do intestino, e sem os fogos de nossos vários processos bioquímicos, incluindo o disparo neural, morreríamos ainda mais rapidamente do que sem o ar. Em termos de nossa consciência, representada pela luz, visto que o Fogo emite luz, talvez o Fogo represente aquilo que cria ou liberta a consciência da matéria?

No mito, o Fogo é apresentado como o presente que Prometeu roubou dos Deuses para dar ao homem, que permitiu à humanidade ter conhecimento e civilização. Certamente, a descoberta do Fogo e como usá-lo é frequentemente considerada como o início da verdadeira existência Humana, e também da tecnologia. Mesmo aquelas culturas humanas que consideramos mais primitivas ainda possuem e utilizam o Fogo. Em termos do gradiente da inércia ao dinamismo, certamente o Fogo está na extremidade dinâmica mais distante do espectro; representando uma liberação de energia, é ainda mais “livre” do que o ar. O fogo, de certa forma, representa pura mudança, puro dinamismo.


Os elementos em perspectiva


O que é este universo? Uma forma de responder é dizer que consiste nesses elementos, mas o que isso realmente nos diz? Outra perspectiva compatível é aquela dada na filosofia perene, a filosofia dos Vedas e dos Idealistas, de que esta realidade é fundamentalmente consciência ou mente. Este é um conceito que está sendo revisitado por muitos filósofos modernos, conhecido  como pampsiquismo, devido a várias deficiências em nossas tentativas de explicar o universo puramente em termos materialistas. Essa também é a percepção geralmente aceita nas tradições ocultas, e, de fato, na sabedoria da  maioria das tradições culturais, se você se aprofundar o suficiente. Que tudo é, em última análise, "mente", como descrito no Princípio de Mentalismo, do Caibálion.

Se todo o universo contém elementos de mente ou consciência, então talvez a dicotomia entre ver os elementos simbolicamente e literalmente seja desnecessária. Se tudo é mente, o que equivale a dizer que tudo é um sonho, talvez essas sejam simplesmente diferentes interações da mesma dinâmica ou padrão essencial, em diferentes níveis do sonho; como acima, abaixo; como dentro, é fora. Se os diferentes elementos são formas diferentes da mesma substância mental fundamental, qualquer que seja o nome que se der a ela. Parece-me que esses elementos representam um processo que começa a ser limitado pela inércia, da qual a Terra seria o extremo, sendo gradualmente submetida a mudanças, até se tornar cada vez mais livre, da qual o Fogo é o extremo.

Todo esse processo pode ser visto como uma transmutação da matéria em energia ou luz, assim como o Fogo é matéria sendo transformada, para iluminar a escuridão. É claro que, como fora, é por dentro, e alguma versão desse mesmo processo está acontecendo dentro de todos nós. Nossos aspectos mais vinculados à matéria estão gradualmente sendo influenciados e transformados pelas forças da mudança, seja de dentro ou de fora. Cada experiência é, em maior ou menor grau, um catalisador nesse processo e causa “movimento nas águas profundas”. Eventualmente, este processo culmina na ignição do Fogo dentro de nós, da Luz interior.


Nossas dores e nossos prazeres, nossos altos e baixos, em última análise, dão origem ao amanhecer da verdadeira Consciência, o que alguns podem chamar de Gnose. Por quê? Porque assim como a luz que é emitida pelo Fogo estava previamente aprisionada na matéria do combustível, aquela Centelha Divina sempre esteve latente dentro de nós, observando, esperando seu momento surgir.

Agora, fechamos o círculo para a Maçonaria e o significado dos elementos simbolicamente para a Arte real. O que estamos fazendo como maçons, senão acendendo, alimentando e mantendo uma luz na escuridão - um Fogo na densidade e confusão da existência material? Cada elemento desempenha sua parte e existe dentro de todos nós; o ponto culminante da interação desses elementos, quando utilizados habilmente, é a ignição dessa Luz Prometeica, dentro de si e dentro do mundo. Que esforço mais nobre poderia alguém se dedicar, do que trazer luz às trevas dentro de si mesmo e dentro de toda a humanidade?


Escrito Por Johnathan Dinsmore para Universal Freemasonry

Traduzido Por: Paulo Maurício M. Magalhães - MM - MRA - FRC

Os Princípios do Confucionismo

Os Princípios do Confucionismo


 Traduzido de : The Masonic Philosofical Society


Muito antes de a China ser o país monolítico de hoje, era uma terra fragmentada de Estados em guerra. Quinhentos anos antes do nascimento de Cristo, a dinastia Zhou que controlava as partes do norte da planície chinesa começou a perder o controle do poder. À medida que novas nações surgiam e grandes estados desmoronavam, ocorreu um período de grande curiosidade intelectual e expansão intelectual. Ficou conhecido como as Cem Escolas de Pensamento. As escolas mais importantes ainda são ensinadas hoje, e a mais famosa de todas é o confucionismo.

No mundo destruído da China primitiva, Confúcio nasceu na pobreza, pois seu pai morrera logo depois que ele nasceu. Estudioso, quando criança, ele carecia de classe social para perseguir seus talentos. Em vez disso, trabalhava como guarda de celeiros, gado e guarda-livros. Ele se destacou em cada posição, levando para a próxima. Ele se ergueu cada vez mais, tornando-se ministro das Obras e depois ministro do crime.

No entanto, suas posições cada vez mais proeminentes significavam que ele agora estava próximo das famílias aristocráticas. Eles dominavam sua província natal de Lu. Ele se opôs às indiscrições rituais de rotina deles. Pois essas famílias procuraram lutar contra o poder de Lu de quem Confúcio considerava o governante legítimo.

Depois de tentar sabotar os planos das famílias, ele foi exilado. Por quatorze anos, ele vagou pela China, em busca de um governante de virtude, que aceitaria seus insights. Mas ele procurou em vão, encontrando apenas homens mesquinhos com rixas mesquinhas.

Ao invés disso, Confúcio começou a conceber seus princípios de uma boa vida e boas regras. Ele acreditava que por meio de força moral e coragem, alguns poderiam ajudar muitos. Mas primeiro, como o aço, eles devem ser temperados pela política e pela vida antes de serem colocados no caminho do poder.

Ele desenvolveu seis princípios fundamentais, a partir dos quais toda a sua filosofia se desenvolve. Os mais importantes são os dois primeiros: Jen e Li.

JEN

Jen, ou seja, humanidade, definiu o ser humano como tal. Isso nos separou dos animais. Era um senso de dignidade e respeito, não apenas por si mesmo, mas por todas as coisas vivas e seres humanos. De Jen, todo o resto veio. Confúcio muitas vezes lamentou que ele nunca viu Jen expressada. Mas foi dito que um homem de Jen, preferiria se sacrificar para preservar sua santidade.

LI

Li é o princípio do ganho( no sentido de crescimento). É a mão que guia a interação humana. Li exige que você pergunte como as coisas devem ser feitas? O que é necessário para uma sociedade bem organizada? A partir de suas conclusões, você verá a maneira correta de agir. Li também apresenta a Doutrina do Meio, que afirma que a ação adequada é encontrada entre os extremos e estabelece os Cinco Relacionamentos e suas virtudes associadas. Por exemplo, pai e filho (amoroso / reverente) e governante e súdito (benevolente / leal).

YI

Em seguida vem Yi, ou retidão. É obrigação moral fazer o bem. Yi flui diretamente de Jen, um senso de humanidade, e Li, uma compreensão do ganho social. De acordo com esses princípios, você deve reconhecer o que é certo e errado e agir de acordo.

HSIAO

Sob Hsiao, você deve mostrar reverência a seus pais e trazer honra para sua família. Confúcio acreditava que, como sua família sacrificou a vida por você, você deve respeitá-los. Além disso, apenas através de Hsiao alguém poderia encontrar Jen.

CHIH

Este princípio vem de Mêncio e não de Confúcio, mas é aceito como cânone. Denota sabedoria moral: a habilidade de discernir o certo do errado. Para Mencius, os homens nascem bons. Assim, eles têm uma capacidade inata de distinguir o certo do errado.

TE

O princípio final do confucionismo. Te  se preocupa com o poder do governo. Se um governo pode manter a suficiência econômica, o poder militar e a confiança de seu povo, então é bom.

Conclusão

Após a morte de Confúcio, a dinastia Zhou caiu em ruína total. Cada uma das Cem Escolas de Pensamento competiu por seguidores. Mas foram os confucionistas sob o comando de Mêncio que se transformaram em professores de reis. Com o tempo, uma postura dura em relação à lei, ordem e autoridade passou a definir o confucionismo, embora os princípios subjacentes permanecessem. À medida que o mundo desmoronava, foi o confucionismo que o costurou novamente. Mesmo hoje, em todo o Leste Asiático, os valores e ensinamentos de Confúcio ainda são ensinados e venerados.


Escrito por  para Masonic Philosofical society


Traduzido por P. Maurício M. Magalhães. MM FRC MRA

A linha mística nas Religiões e na Maçonaria

A linha mística nas Religiões e na Maçonaria


Traduzido e adaptado de  Universal Freemasonry


Embora não tenhamos ocultado a natureza esotérica de nossas crenças e interesses, o que pode passar despercebido por muitos é a conexão que esse esoterismo, em geral, tem com uma divisão histórica talvez dentro de todas as religiões. Embora possamos conhecer a história da religião ou pelo menos a (s) tradição (s) religiosa (s) de que estivemos mais próximos em nossas vidas, conhecemos sua história esotérica? Todos eles têm uma história esotérica? Qual é o propósito desta divisão entre os ensinamentos esotéricos (internos) e exotéricos (externos)?

A palavra oculto significa escondido e pode ser usada alternadamente com esotérico, mas do que ela está se escondendo? Esse sigilo surgiu simplesmente para evitar a perseguição à igreja na Idade Média e Renascimento, como somos frequentemente levados a acreditar, ou a ocultação sempre esteve em sua natureza?


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O fio xamânico nas religiões


Seria absurdo tentar contar qualquer tipo de história verdadeira da religião no contexto de uma única postagem de blog, mas eu quero destacar o que é mais relevante para o tópico. Ao fazer isso, acho útil voltar ao início.

Onde a religião começou? Arqueologicamente, vemos os indistintos traços dos primórdios da religião, representados por pinturas rupestres e locais de sepultamento, o ponto em que os humanos começaram a honrar e enterrar nossos mortos. Na verdade, sabemos muito pouco sobre esse crepúsculo da crença.

A primeira instância de religião da qual temos experiência e conhecimento mais diretos é aquela que ocorre nas tribos, que passou a ser referida pelos antropólogos como xamanismo. Vemos xamãs nas tribos indígenas que encontramos e estudamos nos tempos modernos, e presumimos que esse sistema deve ter estado presente desde nossos primórdios e que essas pessoas servem como um vislumbre de nosso passado; por enquanto, vou trabalhar com essa suposição sem questionar.

O xamanismo envolve uma minoria da tribo, geralmente apenas um único xamã e um ou mais aprendizes, servindo como interface entre os reinos espirituais e a tribo. O que torna o xamã único é que ele é capaz de se comunicar com o mundo além dos sentidos de uma forma que a maioria não é, seja por meio de capacidades naturais ou pelo uso de plantas psicoativas. No caso do xamanismo, podemos ver claramente o início de uma “minoria mística” da população, que é reconhecida e até vital para a tribo.


Crescimento, monopólio e compartimentalização

À medida que avançamos na trajetória progressiva da civilização, vemos o mesmo padrão, mas com mudanças ao longo do tempo. À medida que as pessoas desenvolveram reinos e civilizações maiores, também começaram a construir estruturas separadas dentro de cada cidade, e os templos surgiram como espaços exclusivamente dedicados à interface com o divino. É interessante notar que, assim como os vários edifícios isolaram fisicamente cada "área" da vida, com o governo aqui, o mercado ali, etc., também a religião começou a ser separada. Tornou-se cada vez menos entrelaçado em toda a vida, como era mais o caso na tribo, e tornou-se algo que você faz “lá” especificamente.

Podemos até dizer que este foi, de fato, o início da religião, visto que a religião descreve um domínio específico e separado da atividade humana; se for esse o caso, então podemos reconhecer que o surgimento da religião foi um produto da divisão da vida em categorias e, simultaneamente, uma continuação da tradição xamânica. Todos os itens acima também eram mais relevantes nas cidades, enquanto as pessoas que viviam nas aldeias ainda dependiam de figuras xamânicas por grande parte do tempo, até que o sacerdócio da cidade começou a substituir os xamãs e druidas por sacerdotes.


Até onde sabemos, o lado esotérico da religião também emergiu nessa época. Grécia e Roma tiveram suas escolas de mistério, os reinos hindus tiveram seus brâmanes e iogues, Israel seus profetas e mais tarde seus cabalistas, etc.

No entanto, esse misticismo não estava necessariamente separado do sacerdócio. Na Grécia antiga, por exemplo, era esperado ou mesmo obrigado a se submeter às iniciações, para ser um sacerdote, ou nesse caso, qualquer outro membro proeminente e influente da sociedade. Uma vez que essas coisas nem sempre foram registradas, podemos nunca saber completamente o quão conectadas as várias tradições esotéricas e seus sacerdócios estavam. 


O desvio padrão do mundano

Uma questão que acho muito interessante é: por que essa minoria mística aparentemente sempre existiu? Eles são simplesmente aqueles que são mais inteligentes, menos “neurotípicos”, mais propensos à transição entre diferentes estados de consciência ou mais propensos a experimentar drogas psicoativas? Ou poderia ser alguma combinação de todas essas coisas?

É comumente entendido que muitas coisas, incluindo características humanas como altura, QI, pressão arterial e salários, ocorrem na forma de uma distribuição normal ou curva em sino. Isso significa apenas que quando você os traça em um gráfico, a maioria é "normal" e, portanto, o meio do gráfico é o maior, e quanto mais longe do normal você chega em qualquer direção, mais ele se inclina, como as bordas de um sino, com menos pessoas sendo anormais.

Será que qualquer traço ou coleção de traços contribui para alguém estar aberto e capaz de abraçar o lado místico da vida mais completamente é simplesmente sempre uma minoria de pessoas nas bordas do sino? E o resto das pessoas, que vivem no meio dessa curva de sino, que são normais? Por que eles devem ser separados?


Você quer leite ou alimento sólidos?

Para a maioria de nós que se encontra no final místico da curva, a experiência de vida nos ensinou que aqueles que habitam o reino da normalidade muitas vezes não desejam ou não são capazes de compreender muitos dos conceitos mais profundos, por quaisquer motivos. Muitas vezes parece que o que eles precisam é exatamente o que a religião exotérica fornece, histórias e conceitos simplificados que podem dar significado e propósito para suas vidas, mas que os mais inclinados ao misticismo achariam carente. Talvez seja exatamente por isso que a religião exotérica foi criada; em algum momento, os herdeiros do fio xamânico entenderam o que Jesus expressou, quando seus discípulos perguntaram por que ele devia falar por parábolas às massas: porque tendo ouvidos, não ouvem, e tendo olhos, não podem ver.

Das muitas tradições esotéricas, a Maçonaria tem servido como um refúgio e veículo ideal para os inclinados ao misticismo. Isso se deve principalmente ao seu nível de organização e praticidade, que tem facilitado sua adesão não apenas ao estudo de conceitos elevados à porta fechada, mas também por ter uma grande influência na sociedade em geral, bem como uma estrutura interna altamente funcional que nos permite ser eficazes em fazer as coisas. Embora o leite das parábolas seja suficiente para a maioria, para aqueles que buscam alimentos mais sólidos, acolhemos sinceros buscadores da verdade de todo tipo.



Escrito Por Johnathan Dinsmore para Universal Freemasonry

Traduzido Por: Paulo Maurício M. Magalhães - MM - MRA - FRC

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