A Música das Esferas

 A Música das Esferas

 

A Maçonaria está cheia de música. Muitas organizações usam hinos e afins para inspirar seus membros. A música clássica e a música estética moderna podem encher as salas do Templo nos dias de hoje, provocando emoção ou pensamento, com base no ouvinte.

A música é tão importante que tem seu próprio oficial, aquele que escolhe conscientemente a paisagem sonora de cada reunião da Loja. As reuniões da loja podem ser algumas das primeiras ocasiões em que alguns membros podem ouvir música clássica, aplicada ao ritual e à oração. À medida que progredimos através dos graus da Maçonaria, começamos a aplicar um significado mais profundo à razão dos sons que ouvimos, das lições que aprendemos. Entendemos que, se a sala da Loja é um projeto do universo, a música é a harmonia desse universo, conectando nossos cérebros a um reino maior.  


Como a música se tornou parte integral do ritual e importante para os maçons?  


Tudo começou com Pitágoras. Isso sempre acontece. Pitágoras é o nome que brota aos lábios de estudantes e professores, quando a questão da origem está envolvida. Tinha que começar em algum lugar. Aqui, porém, o germe da ideia realmente começou com Pitágoras. Como Lucrécio, outro homem à frente de seu tempo, Pitágoras concebeu que os corpos do universo tivessem uma ressonância e harmonia que criaram o que foi chamado, mais tarde, de "Música Universalis". "



Pitágoras propôs que nossos corpos celestes tinham um "zumbido natural" para eles, com base em suas órbitas. Embora não existam obras sobreviventes de Pitágoras, sabemos que ele concebeu a harmonia dos números racionais. Com base nessa harmonia, ele extrapolou que o Sol, a Lua, os planetas e a Terra produziam uma vibração que pode não ser ouvida pelo ouvido humano; no entanto, para todos os efeitos, ele produziu um som.

  

Platão levou isso mais longe, combinando música e astronomia como métodos diferentes para conceber, com os sentidos humanos, as ideias dos números. Outros filósofos adotaram a ideia, incluindo Plínio, o Velho (fazendo referência a Pitágoras) e Aristóteles. Aristóteles não acreditava que a música fosse audível ao ouvido humano e, verdadeiramente, pensava que ela não existisse; sua lógica era que os corpos em questão eram tão grandes que, se fizessem um som, certamente o ouviríamos e morreríamos dele.


Essas ideias, especialmente entre matemática, astronomia e música, eram tão grandes e consistentes que eventualmente entraram nas lições clássicas do Quadrivium, onde os conceitos da Música das Esferas foram ensinados. Boécio, um filósofo e neoplatonista romano do século 6 d.C., escreveu "De institutione música" e, com base nas ideias de Platão e Pitágoras, despertou as ideias de números / matemática e astronomia como informações críticas para a compreensão do cosmos. Este trabalho foi usado por cientistas medievais e do início do Renascimento para entender por que os gregos achavam essas harmonias tão importantes.  


Avançamos rapidamente para 1619 e Johannes Kepler. Neste ano, Kepler publicou um livro "Harmonices Mundi" – que significa "A Harmonia dos Mundos". Depois de publicar "Mysterium Cosmigraphicum", Kepler continuou a perseguir as ideias que foram apresentadas por esses primeiros filósofos gregos.  


No entanto, ele, como Aristóteles antes dele, não acreditava que essa música pudesse ser ouvida pelo ouvido humano. O que Kepler acreditava é que a alma humana poderia sentir e/ou ouvir essa música produzida pelo universo e ser acalmada por suas harmonias. Kepler mergulhou profundamente no passado (Proclo, Pitágoras, Aristóteles, até Boécio) e não só animou uma nova geração de cientistas para a conjunção de música e astronomia, mas reforçou sua teoria heliocêntrica do nosso Sistema Solar. 

 

À medida que avançamos solidamente para o século 21, agora gravamos alguns desses sons sendo criados. A radiação produzida pelos corpos celestes pode ser convertida em sons que o ouvido humano pode ouvir. Não são musicais para as nossas sensibilidades; no entanto, a partir deles pode-se ver como a música pode ser criada. A partir de órbitas e espaçamento, também se pode criar música para o ouvido humano - não apenas com o nosso sistema solar, mas com muitos sistemas solares. Um homem, chamado Matt Russo, fez exatamente isso. Para uma interessante palestra no TED Talks sobre tudo isso, acesse este link.  


A Maçonaria é uma defensora dos conceitos do Trivium e do Quadrivium, antigos ensinamentos
fundamentais que são a fonte de muito do que conhecemos hoje. As ideias desses antigos filósofos são as pedras pelas quais o Trivium e o Quadrivium foram estabelecidos. Lucrécio concebeu átomos e moléculas. Pitágoras concebeu a harmonia e a relação das cordas e notas. Hipátia concebeu a ideia de órbitas planetárias elípticas. Aristóteles nos deu a ideia de que a matéria é feita de fogo, terra, ar e água.

Tudo isso, simplista e comum como agora pode nos parecer, começou em algum lugar. Esse "em algum lugar" é um pensamento antigo, refinado e trazido para a era moderna. Por que a Maçonaria se preocupa tanto com esse conhecimento? Com esses filósofos?  


Não é apenas porque eles são conhecimentos fundamentais. Os maçons se importam porque são curiosos. Os curiosos exploram e descobrem. Os curiosos são aqueles que criam novos modos de pensar, de ser e de viver. Eles debatem, discutem e expandem o pensamento com base nessa curiosidade e nesse conhecimento. Eles se perguntam: como o ritual e a música se tornaram tão inextricavelmente entrelaçados?  


Saber que esses humanos comuns podem conceber ideias extraordinárias que contribuem para o progresso da humanidade dá a nós, os humanos modernos, a mesma licença – uma licença para sermos curiosos e criarmos; uma licença para construir uma vida melhor para todos nós.  



"A música é a linguagem do espírito. Abre o segredo da vida trazendo paz, abolindo a contenda."
- Kahlil Gibran 

9 Citações De Albert Einstein

 9 Citações cheias de Sabedoria Espiritual de Albert Einstein




Extraído de: https://medium.com/you-are-a-conscious-creator/9-quotes-full-of-spiritual-wisdom-from-albert-einstein-71768f883b57

 

Estou convencido de que Albert Einstein era um mestre espiritual escondido como cientista.

Embora ele seja lembrado como um dos cientistas mais famosos e influentes de todos os tempos, o brilho de Einstein estava repleto de sabedoria espiritual.

O grande pensador sempre aplicou criatividade, curiosidade, humanidade, filosofia e um senso de ausência de ego em tudo o que fez – que são elementos básicos para trilhar o caminho espiritual. Além disso, Einstein era a personificação de que a espiritualidade e a ciência têm mais em comum do que a maioria das pessoas imagina.

Abaixo estão 9 citações de Einstein que capturam esses valores.

1. "Tente não se tornar um homem de sucesso, mas tente se tornar um homem de valor."


2. "Embora eu seja um solitário típico na vida cotidiana, minha consciência de pertencer à comunidade invisível daqueles que lutam pela verdade, beleza e justiça me preservou de me sentir isolado."


3. "Não tenho talentos especiais. Eu sou apenas apaixonadamente curioso."


4. "A coisa mais bonita que podemos experimentar é o misterioso. É a fonte de toda a verdadeira arte e ciência. Aquele a quem esta emoção é um estranho, que não pode mais parar para se maravilhar e ficar extasiado em reverência, é tão bom quanto morto: seus olhos estão fechados."


5. "O estudo é, em geral, a busca da verdade e da beleza é uma esfera de atividade na qual nos é permitido permanecer crianças por toda a vida."


6. "Seja um solitário. Isso lhe dá tempo para se perguntar, para buscar a verdade. Tenha santa curiosidade. Faça sua vida valer a pena."


7. "Estou feliz porque não quero nada de ninguém. Eu não me importo com dinheiro. Condecorações, títulos ou distinções não significam nada para mim. Não anseio por elogios. A única coisa que me dá prazer, além do meu trabalho, do meu violino e do meu veleiro, é a apreciação dos meus colegas de trabalho."


8. "Nada verdadeiramente valioso surge da ambição ou de um mero sentido do dever; deriva antes do amor e da devoção para com os outros e para com as coisas objectivas".


9. "Breve é esta existência, como uma visita a uma casa estranha. O caminho a ser seguido é mal iluminado por uma consciência cintilante."



MAÇONARIA E FELICIDADE

 MAÇONARIA E FELICIDADE 

Inspirado em um texto de Marshall Kern - Loja Victoria No. 56  



A ideia de felicidade como um objetivo em si mesma entrou recentemente em nossa cultura através de livros, artigos de revistas e pesquisas acadêmicas.
No dicionário, felicidade é a qualidade ou estado de ser feliz; estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar. Immanuel Kant (1724/1804), na obra “Crítica da razão prática” definiu a felicidade como “a condição do ser racional no mundo, para quem, ao longo da vida, tudo acontece de acordo com o seu desejo e vontade”.

Segundo a psicologia positiva, a felicidade é um estado de plenitude que contém 5 elementos: Emoções Positivas, Engajamento, Relacionamentos Positivos, Propósito de Vida e Conquista.

Desde a Segunda Guerra Mundial, uma empresa de pesquisa nos Estados Unidos perguntou aos americanos: "vocês estão felizes?". Eles descobriram que as pessoas eram mais felizes na década de 1950. O rei do Butão, o último reino budista dos Himalaias, levou os líderes das Nações Unidas a se reunirem no início de abril de 2012 para falar sobre a sustentabilidade do mundo e a necessidade de um Índice de Felicidade Nacional Bruta para complementar os índices econômicos.

O êxito do Butão na busca da felicidade de sua população, parece ter produzido benefícios para a sociedade. Embora a maioria das pessoas neste pequeno país atue na agricultura de subsistência, eles têm o que eles precisam – comida na mesa e cuidados de saúde universais – e se recusaram a ganhar dinheiro com empreendimentos comerciais que possam comprometer a saúde e a beleza de seu ambiente e sua igualdade de existência.

Estudos recentes que medem a felicidade humana fazem algumas observações interessantes. Uma delas é que as relações humanas são consistentemente consideradas a correlação mais importante com a felicidade. De fato, a felicidade tende a se espalhar através de relacionamentos próximos com amigos, irmãos, cônjuges e vizinhos. Foi o comediante Groucho Marx que disse: "Todas as manhãs, quando abro os olhos, digo a mim mesmo: eu, e não os acontecimentos, tem o poder de me fazer mais ou menos feliz hoje".

Pode-se pensar que a felicidade seria um algo rastreável da Maçonaria desde às primeiras referências até o presente. Afinal, quando um grupo de homens de bons costumes e mentalidade semelhante se reúne, como poderia deixar de haver bons momentos compartilhados e uma melhora de ânimos? Se tomarmos a definição psicológica acima, a Maçonaria influencia no engajamento, nos relacionamentos e no propósito. Mas como isso é tratado em nossos trabalhos?

A felicidade não é explicada na Enciclopédia da Maçonaria. Nem termos como "alegria", nem "contentamento". Tampouco há uma descrição da felicidade no livro seminal “O Significado da Maçonaria”, de W.L. Wilmhurst. Nem é dada à felicidade um lugar no livro “Maçonaria Definida” de Johnston. A expressão felicidade é encontrada no “Monitor de Richardson”, publicado nos Estados Unidos em 1860. Mas dentro dessas páginas antigas, ela é encontrada apenas com referência à Instalação de um novo Venerável Mestre.

No entanto, é óbvio para todo maçom ativo que a felicidade repousa dentro de nossas Lojas e dentro de nossa Fraternidade. Então, onde em nosso trabalho há uma menção de felicidade? Ao abrir no primeiro grau, o Venerável Mestre invoca uma bênção; pedindo que o que fazemos seja conduzido em paz e encerrado em harmonia (fala ritualística no Rito de York, N do T). Então, ao fechar no primeiro grau, o Past Master afirma que estamos prestes a encerrar este trabalho em um clima de amizade e amor fraterno.

Certamente, deve haver felicidade em tal lugar. O Aprendiz é informado durante o “compromisso do Avental” que, se ele tiver uma disputa com um irmão, ele deve resolvê-la harmonicamente, e depois ele pode desfrutar de harmonia na Loja. E na explicação das ferramentas de trabalho, o Aprendiz é informado de que com essas ferramentas ele pode "estabelecer a felicidade nos caminhos da ciência".

Ao longo do ritual, há muitas menções de palavras e pensamentos sinônimos de felicidade: harmonia, amizade, amor fraterno, alegria social e prazer. As referências mais claras à felicidade estão na cerimônia anual de instalação e investidura. O Venerável Mestre recém-empossado assume um compromisso, no qual é lembrado que, como Aprendiz, ele aprendeu sobre caridade. Agora é-lhe dito que "a felicidade dos irmãos será geralmente promovida na proporção do zelo e assiduidade com que ele promulgar os genuínos fundamentos e princípios da fraternidade". Pouco depois, o novo Venerável Mestre é informado de que, cumprindo seus deveres com honra e dedicação, ele preparará para si uma "coroa de alegria e regozijo".

Então, no final da cerimônia, há algo que é exclusivo da Grande Loja de Ontário no Canadá, o juramento geral de todos no final da cerimônia de instalação e investidura de oficiais. A primeira referência é: "Eu confio que devemos ter apenas um objetivo, agradar uns aos outros e nos unir no grande desígnio de ser feliz e comunicar felicidade". Isso fazia parte do texto original em inglês da Cerimônia de Instalação de 1723. Também é semelhante ao texto encontrado no Monitor de Richardson.

Depois disso, há uma descrição de como devemos nos comportar enquanto estamos na Loja, concluindo com estas palavras: "Então teremos obtido o ponto principal da Maçonaria, a saber, esforçar-nos para sermos felizes nós mesmos e comunicarmos essa felicidade aos outros".

Quão importante é a felicidade? Acadêmicos e comentaristas contemporâneos veem a felicidade tanto como resultado de viver bem, quanto como um objetivo a ser alcançado perseverando através de atividades específicas. Estudos científicos têm descoberto que a felicidade pode tornar nossos corações mais saudáveis, nosso sistema imunológico mais forte e nossa vida mais longa.

Mas como a Maçonaria pode ajudar na busca da felicidade? Ora trabalhando o Homem para que ele seja “de bons costumes” já se alcançam muitos dos quesitos de busca da felicidade. Um Homem justo tem um propósito. Um homem reto está engajado em seus objetivos e na sociedade. Um homem fraterno constrói relações pessoais positivas. Um Homem que crê no GADU cuidará da natureza e de seu próprio corpo.

Enfim o fato é que não existe mágica; o grande segredo para a felicidade dentro da maçonaria está na prática efetiva dos princípios maçônicos. Em ter estes princípios não como uma proposição filosófica interessante, mas como um real guia de suas atitudes e condutas em todos os campos da vida.
E, talvez o ponto mais importante de todos, seja lembrar que aquele que já está feliz, vive em um estado de espírito e uma realidade em que ele simplesmente aceita como dada, mas que para que esta felicidade efetivamente dure no tempo, ela tem que ser prontamente compartilhada.

Assim, cabe a nós compartilhar a felicidade dentro de nossa Fraternidade e no mundo.


A felicidade se asfixia na solidão, mas se multiplica na multidão!


Autor: Paulo Maurício M. Magalhães - MRA FRC

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