Um estudo sobre escada em Caracol

 Um estudo Histórico sobre escada em Caracol

 

Traduzido de: https://medium.com/masonic-education/a-study-of-the-winding-staircase-3b0b9bb7fbac 



No ritual dos Graus Maçônicos modernos, a construção do Templo do Rei Salomão desempenha um papel importante. O tema também fascinou o estudioso bíblico e o arqueólogo em suas tentativas de provar a existência do Templo e a história bíblica do rei Salomão. Ao longo de toda a história, este assunto produziu um ar de mistério que parece desafiar uma solução positiva.

 

O estudioso maçônico, disposto a gastar tempo e esforço, pode passar horas de pesquisa sobre quase qualquer uma das muitas características do Templo do Rei Salomão e ainda terminar com uma nota de mistério, admitindo que o assunto está incompleto e mais pesquisas são necessárias.

Um exemplo para ilustrar este ponto é a referência, no Segundo Grau, à escadaria em caracol, que somos levados a acreditar que existia no Templo do Rei Salomão. Embora haja apenas uma referência à escadaria em caracol no ritual maçônico, ela foi tornada a característica central(para os ritos ingleses N do T) do Segundo Grau que todo maçom deve simbolicamente subir para fazer seu avanço no grau.

Como todos os maçons se lembrarão, a referência é feita "para avançar através de uma varanda, por um lance de escadas em caracol até a câmara do meio, para lá para receber seu salário".

Os detalhes dão muito claramente uma escadaria em caracol que leva da entrada do caminho da varanda através do Santuário do Templo para os andares superiores. Esta referência contém uma série de afirmações específicas e positivas que, aparentemente, nos pedem para aceitar como factos. São:
1) que havia uma escadaria em caracol no Templo do Rei Salomão;
2) que era abordada através de uma entrada pelo alpendre; e
3) que os operários do prédio subiam essas escadas para receber seus salários na câmara do meio.

O pesquisador sério descobrirá que os autores do ritual estavam aparentemente mais interessados no efeito dramático sobre o candidato do que na precisão histórica. Estudiosos bíblicos e arqueólogos diferem amplamente quanto à interpretação colocada tanto na evidência histórica quanto na arqueológica que lidam com o Templo do Rei Salomão e, em particular, com as passagens que tratam da escadaria, mas é bastante seguro dizer que nem o estudioso bíblico nem os arqueólogos apoiariam as declarações específicas feitas no ritual maçônico do Segundo Grau. 
Até hoje, a única evidência histórica relativa à construção do Templo de Salomão é encontrada em três livros diferentes do Antigo Testamento e nos escritos de Flávio Josefo. Nesses escritos, é geralmente aceito que a versão no Primeiro Livro dos Reis é a descrição mais antiga e confiável que temos do Templo. Nosso interesse aqui é a menção da escadaria em caracol.
As passagens relevantes para a escadaria encontram-se no Capítulo 6 da versão King James( no portugues estamos usando a Almeida Revista e atualizada), que é provavelmente a usada pelos ritualistas que compuseram o Segundo Grau.  

1REIS 6

Salomão edifica o templo
1E sucedeu que, no ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), Salomão começou a edificar a Casa do Senhor2E a casa que o rei Salomão edificou ao Senhor era de sessenta côvados de comprimento, e de vinte côvados de largura, e de trinta côvados de altura. 3E o pórtico diante do templo da casa era de vinte côvados de comprimento, segundo a largura da casa, e de dez côvados de largura, diante da casa. 4E fez à casa janelas de vista estreita. 5Edificou ao redor da parede da casa câmaras, ao redor das paredes da casa, tanto do templo como do oráculo; e assim lhe fez câmaras colaterais em redor. 6A câmara de baixo era de cinco côvados de largura, e a do meio, de seis côvados de largura, e a terceira, de sete côvados de largura, porque, pela parte de fora da casa ao redor, fizera encostos, para não travarem as paredes da casa. 7E edificava-se a casa com pedras preparadas; como as traziam, se edificava, de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam. 

Em primeiro lugar não há nenhuma evidência de apoio para o silêncio aqui mencionado. 

A segunda dificuldade do texto hebraico vem da palavra original "Tichonah" traduzida como "meio" em nossa frase de Reis, versículo 8, "a porta para a câmara do meio estava no lado direito da casa". O significado da palavra "Tichonah" é incerto, mas a maioria dos tradutores modernos se referem a ela como a "mais baixa" em vez de "média". Isso parece fazer mais sentido.  
O Dr. James Moffat em sua tradução da Bíblia em 1924, intitulada "Uma Nova Tradução da Bíblia", traduziu o versículo 8 em Reis da seguinte maneira: "A entrada para as salas laterais inferiores ficava no lado sul do Templo; você subiu para a fileira do meio, e do meio para a fileira superior, através de alçapões." 
Em 1965, outra tradução saiu em uma edição em inglês da "Bíblia Judaica" com o versículo 8: "A entrada para o andar inferior era no canto direito do Templo e o acesso ao andar do meio acima era por alçapões e, portanto, do andar do meio para o terceiro". Não há referência a escadas sinuosas.  
Se o Templo tinha uma escadaria sinuosa, como alguns estudiosos ainda pensam, provavelmente estava nas paredes laterais e servia as câmaras laterais construídas na espessura das paredes do primeiro e segundo níveis. Essas câmaras laterais foram usadas enquanto o Templo estava sendo construído com o propósito de pagar aos trabalhadores seus salários. Mais tarde, eles foram usados como armazéns ou salas de tesouro do Templo em que os tesouros e presentes para o Templo foram colocados. 
Como mencionado no início deste artigo, a outra fonte de informação sobre o Templo do Rei Salomão
Flávio Josefo
está nos escritos de
Josefo, um historiador judeu. Ele menciona o Templo de Salomão em várias de suas obras, mas as principais referências estão em sua história do povo judeu chamada "As Antiguidades dos Judeus". Uma passagem relevante citada da tradução de Wriston, Livro VIII, Capítulo 3: "O Rei também tinha um belo artifício para uma subida ao cenáculo sobre o Templo, e isso era por degraus na espessura de sua parede; pois não tinha uma porta grande no extremo leste, como a câmara baixa, mas as entradas eram laterais, através de portas muito pequenas."
 

Além de Josefo e da Bíblia, não temos outra fonte literária a que recorrer para obter informações. 
Infelizmente, não há nenhuma evidência em Jerusalém para a qual possamos obter um conhecimento deste assunto, pois os sucessivos conquistadores fizeram um trabalho minucioso da destruição do Templo e nenhuma parte permanece de pé e nada foi descoberto pelos arqueólogos. Independentemente de haver uma escadaria em caracol, um alçapão ou apenas uma abertura para os diferentes compartimentos do Templo, o mistério ainda permanece, e continuará a fascinar tanto o estudioso bíblico quanto o arqueólogo e será de particular interesse para o maçom. 


Tradução Paulo Maurício Magalhães 

Vai ficar solitário, e tudo bem.

 Vai ficar solitário, e tudo bem. 


 

Traduzido de: https://medium.com/@Vikramwrites/it-will-get-lonely-and-thats-ok-e4610e0bfa 

 

Aqui está a mais pura verdade. 

Quando você decide que quer viver de acordo com seu potencial mais verdadeiro, embarcar em sua jornada para a autodescoberta e encontrar sua auto expressão mais completa. Ficará solitário.

Quando você decide que não quer se sentir infeliz por nem mesmo tentar. Ficará solitário. 

Quando você decide fechar a lacuna entre o que você é e quem você deseja se tornar. Ficará solitário. 

Quando você decide que chega de culpar os outros por seus problemas, Ficará solitário.

Ficará solitário porque a única pessoa que o impede de ser sua melhor versão é você mesmo.

O trabalho necessário a ser feito é inteiramente interno, pessoal e, portanto, solitário. 

A mudança é difícil porque requer destruição de seu eu antigo. E a destruição é dolorosa. É aqui que a maioria de nós desiste. 

Como Jordan Peterson diz:


"Você vai pagar um preço por tudo aquilo que você faz e tudo o que você não faz. Você não pode optar por não pagar um preço. Você pode escolher qual veneno você vai tomar. É isso."

 

Você tem que entender que a dor e o desconforto de mudar seu “velho eu”, é melhor do que a dor que vem com permanecer o mesmo para o resto de sua vida. 

Você têm que se apropriar e se responsabilizar por si mesmo. 

Não se torna mais fácil, você tem que aceitar que é difícil e trabalhar com isso. 

Comece, foque no seu objetivo e continue trabalhando. 

Vai ficar difícil, vai ficar solitário... e tudo bem ....

....pois tornar-se o seu melhor eu, vale a pena!! 


Irmãos, Nosso momento é agora!

 Irmãos, nosso momento é agora! 



Irmãos e companheiros, estamos em um momento crítico para a Maçonaria. Nossa arte real precisa de nós agora, mais do que nunca.
À medida que nossas lojas e membros envelhecem, é imperativo que nós, como maçons modernos, façamos algo para reacender essa centelha que uma vez tornou nosso ofício tão atraente para os homens livres e de bons costumes.

Existem muitos graus e símbolos diferentes que compõem a jornada ao longo da vida de um maçom. Há uma infinidade de opções interessantes para continuar o seu caminho para a luz depois da loja simbólica. Esses graus e símbolos significam muito para seus respectivos corpos filosóficos e, com o tempo, terão esse significado para você, aumentando sua satisfação e aprendizado como maçom. Existem graus belíssimos dentro desses corpos com lições valiosas para a mente que o manterão cativado, desejando mais.

Nesses graus, você vê a história, a iluminação e as viagens daqueles que seguiram esse caminho antes de nós. Encorajo-vos a procurar novas viagens; O Rito de York, o Rito Escocês e os Shriners (no Brasil ainda teríamos o Rito Adonhiramita, o Escocês Retificado, o Moderno, o Brasileiro e os graus ingleses, N do T) oferecem oportunidades de praticar o amor fraterno expandindo a camaradagem que nós, como maçons, nos esforçamos para promover.


A Maçonaria é uma fraternidade envelhecida?

Como mencionei anteriormente, nossas lojas e membros estão envelhecendo em todo o mundo.

Isso é visto como um problema na maioria dos lugares, mas eu argumento que isso é uma bênção. Para os irmãos mais novos e futuros irmãos que estão lendo isso, pense nos benefícios de se juntar a uma loja com muitos membros mais velhos. O conhecimento, a experiência e as viagens desses membros estão além de qualquer valor material.

Eu gosto de ouvir as estórias sobre o caminho que esses senhores tomaram para a luz, e eu serei o primeiro a dizer-lhes que não há nada mais edificante do que a orientação maçônica que você pode obter de membros de longa data.

Na minha loja, os membros mais antigos gostam de se referir a si mesmos como experientes. Acredito que o crescimento de nossas lojas depende de seu tempero; afinal somos apenas tão bons quanto a nossa instrução.

A verdadeira questão para o nosso futuro é a falta de interesse das gerações mais jovens. É uma tarefa estranha que estamos enfrentando aqui nesta encruzilhada com a Maçonaria.

Acredito que posso falar pela maioria das lojas, especialmente aquelas na minha área, que a falta de juventude em nossos templos tem trazido muitos efeitos negativos. Defendo que não se trata simplesmente de falta de interesse, mas de falta de conhecimento.

Eu ouço isso o tempo todo quando as pessoas veem meu anel ou meu enfeite de mesa:

"Isso não é um sinal maçom... Acho que meu avô era um ou algo assim".

Isso me diz que o conhecimento em algum lugar pulou uma geração.

Também temos de estar atentos à nossa linguagem. Se, como falamos, devemos aproveitar a experiência dos antigos, por outro lado de nada adianta acreditar que passaremos aquelas informações da mesma maneira que 300 anos atrás. Temos que usar os sólidos alicerces de nossos antepassados e utilizá-los para nos projetar para o futuro.

A Maçonaria Como Um Modo De Vida

Por muitos anos, a Maçonaria foi um modo de vida para a maioria.

Seu pai era um maçom, assim como seu avô, seu pai antes dele, e assim você naturalmente também era um homem de bons costumes e um maçom.

É aqui que nós, como maçons, mestres de nosso ofício e líderes de nossas lojas, precisamos intervir. Uma simples orientação tão pequena quanto uma conversa com esses homens poderia realmente trazê-los à luz. Algo tão simples como um diálogo poderia despertar o interesse que todos nós uma vez sentimos, e que começou nossas viagens maçônicas.

Agora, há alguns por aí que desejam não falar de maçonaria a tal ponto que nossos números estão diminuindo.

Concordo que os mistérios ocultos da Maçonaria devem permanecer assim; mas há muito que se pode falar sobre nosso ofício sem descumprir qualquer juramento. Mais que isso, há muito que se pode fazer para mostrar o que é a maçonaria em nossa sociedade e atrair os bons homens para nossa fraternidade.

No entanto, neste momento crítico, a maioria das lojas está em menos de 50% do que tinham há 10-20 anos. Isso deve nos dizer que precisamos fazer alguma coisa, que nossa conduta não está adequada ao nosso tempo.

Acredito que podemos fazer isso falando sobre maçonaria, não apenas no ritual ou trabalho de loja, mas nossa sociedade. Nós, como lojas fortes, precisamos fazer coisas publicamente para permitir que as pessoas nos vejam.

Não estamos falando aqui de propaganda ou divulgação como se fosse um simples clube ou curso. Falamos de sair para comer em grupo, participar de trabalho voluntário, fazer seminários e atividades públicas ou se reunir para tomar um café.

Apenas ser visto como um grupo com capacidade e ajudar permitirá que as pessoas vejam nossa organização. Os laços que muitos de nós formamos ao longo dos anos são obviamente fortes e relevantes, e outros verão e se perguntarão qual a razão.

Eu, pessoalmente, sou membro de alguns dos corpos paramaçônicos que realizam eventos "traga um irmão" onde irmãos que não pertencem ao Rito são convidados. Por que não fazer algo semelhante para potenciais candidatos? Essas atividades vão do churrasco, passando por palestras místicas até coisas tão simples quanto um passeio com as cunhadas.

Palavras de Encerramento


Em conclusão, meus irmãos, é nosso dever trabalhar na manutenção e no crescimento do quadro associativo. Se não formos proativos e buscarmos agora um ganho de crescimento, o futuro pode ver um grande declínio ou mesmo o fim de nosso amado ofício.

Espero que, ao ler isso, você entenda a necessidade de trabalhar a busca de novos membros e perceber aqueles que podem estar interessados.

Peço a todos que falem do nosso ofício e mostrem o quão grande ele pode ser.

Durante anos, falamos sobre tornar os homens bons ainda melhores.

Vamos encontrar esses homens bons para torná-los melhores. Eu digo que este esforço não deve ser apenas "para ser um (maçom) pergunte a um" (este mote é usado pela maçonaria americana para divulgar a novos membros N do T), mas também "ao ver um (candidato) fale com ele".

Se não falarmos sobre isso, continuaremos a cair anualmente em números, o que significa que nosso futuro é agora!

Se você se orgulha de ser maçom, fale disso!

 



Sobre o Autor: O presente trabalho foi adaptado pelo Irmão Paulo Maurício M. Magalhães sobre o artigo homônimo do irmão Thomas Whitney, VM da Loja Cortlandville 470, membro do Capítulo 29 de maçons do Real Arco e grau 32 do REAA. 

 

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