De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
O QUASE - um texto fundamental
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Oração de Akhenaton
Amigos,
Acho que dispença apresentações
Boa Meditação
Quiron - FRC
A estória de Serapião
A Estória de Serapião
Serapião era um velho mendigo
que perambulava pelas ruas da cidade. Ao
seu lado, o fiel escudeiro, um vira-lata que atendia pelo nome de Malhado.
Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito com sobras de comida dos mais abastados.
Quando suas roupas estavam
imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a
apresentação e era alvo de brincadeiras.
Serapião era conhecido como um homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranqüilo, mesmo quando não estava.
Dizia sempre
que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na
hora que Deus determinava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos.
Serapião agradecia com reverência e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava.
Tudo que ganhava, dava primeiro
para o malhado, que, paciente, comia e ficava a esperar por mais um pouco. Não
tinha onde dormir, quando anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam
abrigo embaixo da ponte e, ali o mendigo ficava a meditar, com um
olhar perdido no horizonte.
Aquela figura me deixava sempre
pensativo, pois eu não entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem
esperança e sem um futuro promissor. Certo dia, com a desculpa de lhe oferecer
umas bananas fui bater um papo com o velho Serapião Iniciei a conversa falando
do Malhado, perguntei pela idade dele, o que Serapião, não sabia. Dizia
não ter ideia, pois se encontraram um certo dia quando ambos andavam pelas ruas
e falou:
Nossa amizade começou com um
pedaço de pão, ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu
almoço e ele agradeceu, abanando o rabo, e daí, não me largou mais. Ele me
ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso. Curioso perguntei:
Como vocês se ajudam?
Ele me vigia quando estou
dormindo; ninguém pode chegar perto que ele late avisa. Também
quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
Continuando a conversa, perguntei:
Serapião, você tem algum desejo na vida? Sim, respondeu ele - tenho vontade de
comer um cachorro-quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina. Só isso?
Indaguei.
É, no momento é só isso
que eu desejo.
Pois bem, vou satisfazer
agora esse grande desejo.
Saí e comprei um cachorro-quente
para o mendigo. Voltei e lhe entreguei.
Ele arregalou os olhos, deu um
sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o
Malhado, e comeu o pão com os temperos. Não entendi aquele gesto do
mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço, não contive e perguntei
intrigado:
Por que você deu para o
Malhado, logo a salsicha?
Ele com a boca cheia
respondeu:
Para o melhor amigo, o
melhor pedaço!
E continuou comendo, alegre e satisfeito.
Despedi-me do
Serapião, passei a mão na cabeça do
Malhado e sai pensando...
Aprendi como é bom ter
amigos.
Pessoas em que possamos
confiar.
Por outro lado, é bom ser
amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal.
Jamais esquecerei a
sabedoria daquele eremita:
“PARA O MELHOR AMIGO...O MELHOR
PEDAÇO!”
Espero que sejamos mais um Serapião.
Boa meditação!
Quiron - FRC
Pedra Filosofal
Tenho sonhado muito ultimamente.
E eles são impressionantemente reais.
Acredito que nessa dimensão onírica, tudo é possível...
...e pode tornar-se real, se assim for para ser!
Achei esse texto, de autoria de António Gedeão, e gostaria de compartilhar:
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso,
em serenos sobressaltos
como estes pinheiros altos
que em verde e ouro se agitam
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho alacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel.
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
para-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra som televisão
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre a mãos de uma criança.
A nuvem e a Duna
Este texto é do Paulo Coelho. Foi publicado em suas colunas em O GLOBO.
É uma bela estória sobre o amor... apoveitem..
"Tudo mundo sabe que a vida das nuvens é muito movimentada, mas também muito curta", escreve Bruno Ferrero. E vamos a mais uma história:
Uma jovem nuvem nasceu no meio de uma grande tempestade no Mar Mediterrâneo. Mas sequer teve tempo de crescer ali; um vento forte empurrou todas as nuvens em direção à Africa.
Assim que chegaram ao continente, o clima mudou: um sol generoso brilhava no céu, e embaixo se estendia a areia dourada do deserto de Sahara. O vento as continuou empurrando em direção as florestas do sul, já que no deserto quase não chove.
Entretanto, assim como acontece com os jovens humanos, também acontece com as jovens nuvens: ela resolveu desgarrar-se do seus pais e amigos mais velhos, para conhecer o mundo.
- O que voce está fazendo? – reclamou o vento. - O deserto é todo igual! Volte para a formação, e vamos até o centro da África, onde existem montanhas e árvores deslumbrantes!
Mas a jovem nuvem, rebelde por natureza, não obedeceu; pouco a pouco, foi baixando de altitude, até conseguir planar em uma brisa suave, generosa, perto das areias douradas. Depois de muito passear, reparou que uma das dunas estava sorrindo para ela.
Viu que ela tambem era jovem, recem-formada pelo vento que acabara de passar. Na mesma hora, apaixonou-se por sua cabeleira dourada.
- Bom dia – disse. - Como é viver aí embaixo?
- Tenho a companhia das outras dunas, do sol, do vento, e das caravanas que de vez em quando passam por aqui. As vêzes faz muito calor, mas dá para aguentar. E como é viver aí em cima?
- Também existe o vento e o sol, mas a vantagem é que posso passear pelo céu, e conhecer muita coisa.
- Para mim a vida é curta – disse a duna. – Quando o vento retornar das florestas, irei desaparecer.
- E isso lhe entristece?
- Me dá a impressão que não sirvo para nada.
- Eu também sinto o mesmo. Assim que um novo vento passar, irei para o sul e me transformarei em chuva; entretanto, esse é meu destino.
A duna hesitou um pouco, mas terminou dizendo:
- Sabe que, aqui no deserto, nós chamamos a chuva de Paraíso?
- Eu não sabia que podia me transformar em algo tão importante – disse a nuvem, orgulhosa.
- Já escutei várias lendas contadas por velhas dunas. Elas dizem que, após a chuva, nós ficamos cobertas de ervas e de flores. Mas eu nunca saberei o que é isso, porque no deserto chove muito raramente.
Foi a vez da nuvem ficar hesitante. Mas logo em seguida, tornou a abrir seu largo sorriso:
- Se voce quiser, eu posso lhe cobrir de chuva. Embora tenha acabado de chegar, estou apaixonada por voce, e gostaria de ficar aqui para sempre.
- Quando lhe vi pela primeira vez no céu, também me enamorei – disse a duna. – mas se voce transformar sua linda cabeleira branca em chuva, terminará morrendo.
- O amor nunca morre – disse a duna. – Ele se transforma; e eu quero mostrar-lhe o Paraíso.
E começou a acariciar a duna com pequenas gotas; assim permaneceram juntas por muito tempo, até que um arco-íris apareceu.
No dia seguinte, a pequena duna estava coberta de flores. Outras nuvens que passavam em direção à África, achavam que ali estava parte da floresta que andavam buscando, e despejavam mais chuva. Vinte anos depois, a duna havia se transformado num oásis, que refrescava os viajantes com a sombra de suas árvores.
Tudo porque, um dia, uma nuvem apaixonada não tivera medo de dar sua vida por causa do amor.
Um abraço à todos
Quiron
Humberto Rhoden - encerrando a série
Caros amigos
Hoje encerrarei esta série de Humberto Rhoden. Longe de esgotar o assunto sobe ele queria apenas provocá-los para buscar contato com este autor de ideias tão interessantes. Para finalizar compilarei ideias expressas por ele nos comentários ao Bhagavad Gita e no Evangelho de Thomé.
Mas quem permanece sereno e imperturbável no meio de prazer e sofrimento, somente este é que atinge a imortalidade.
Quem não se integrar ao cosmo será desintegrado.
Quem não se esvaziar do EU não será plenificado.
Quem não morrer para o profano não nascerá para o divino.
O não agir, O Falso agir O Reto agir
No princípio todo o verso era uno. O Uno criador manifestou-se no verso criado. Agora o universo existe como realidade uno e factidade verso. Quando o verso morre volta ao uno, o vivo se dilui na vida.
A alma humana não vive em sua pátria, mas em um campo de imigração terrestre.
Nosso corpo não é nosso, é da natureza. Nosso espírito, porém, não é sepultado ou cremado, O espírito não é meu, o espírito SOU eu.
Uma boa meditação
Quiron - FRC
Humberto Rhoden 2
Continuamos hoje com esta série do Humberto Rhoden.
Desta vez vamos apresentar comentários dele no livro "A Sabedoria das Parábolas"
A vida é a quintessência do Universo. A vida é a divindade Brahman, Tao Yahveh. A realidade do Universo é a vida
Aos Olhos dos profanos os Homens espirituais são coxos. Quem não corre atrás de bens materiais, prazeres carnais e divertimentos é considerado tolo e digno de compaixão.
O Homem é o criador do seu céu - e seu inferno. O Livre - arbítrio é o maior privilégio e perigo do homem.
Jesus não era nem um materialista profano e nem um espiritualista místico, ele era um homem cósmico.
Espero que estejam gostando da série... já estou preparando a outra,
Boa meditação
Quiron - FRC
O Zero
Série sobre Huberto Rhoden
O homem Cósmico é o Uno e o verso é o universo é universal.
O Místico Conhece os fins mas ignora os meios
O Cósmico Alcança os fins por intermédio dos meios, este é o homem integral."
Quando ele regride a sua origem falamos em morrer.
Nascer e morrer não são princípios nem fins, são apenas etapas evolutivas na base do eterno Ser"
O iniciado reduz as antíteses na grande síntese.
Os pólos são complementares, mas o homem cósmico está além disso,
pois ele transcendeu as antíteses ilusórias e atingiu a síntese verdadeira."
Frases 1987
Vamos a mais um ano....
1987
• O ciumento não ama ao outro, mas a si próprio.
• Um livro nunca é interrompido por comerciais
• Casar por amor pode ser arriscado, mas é tão honesto que só pode dar certo.
• A história é verdadeiramente testemunha dos tempos, luz da verdade, vida da memória,mestra da vida e embaixatriz da antiguidade. Cícero
• Não queria ser a abelha que pula de flor em flor para colher o seu néctar. O verdadeiro mistério está em ser o negro escaravelho que se deposita no interior de uma única flor até que o tempo faça as folhas se fecharem e,sufocando, morre feliz pela flor que elegeu.
• Desde 1496 AC até1987, transcorreram 3484 anos, sendo 275 de paz e 3209 de guerra. Dando uma média d 1 ano de paz para cada 12 de guerra!
• E no meio do aqui e do agora será que não podemos nos encontrar de vez em quando? (Richard Bach)
• As únicas coisas que importam são feitas de verdade e não de lata, ouro ou vidro.
• Sentir saudades não quer dizer que estamos separados, mas que estivemos juntos um dia.
• Descobrindo algo por nós próprios temos a sensação de liberdade e de conquista; já memorizando algo que os outros nos digam e não compreendamos, estamos sendo escravos. ( WWSAyer)
• A grande preocupação dos imbecis elevados a função de chefe é ostentar a autoridade. (Dante)
• Não há juiz mais justo e nem mais severo que o tempo.( Edgard quinet)
• A extraordinariedade da vida de um homem não o faz extraordinário. Já um homem extraordinário pode fazer a vida mais extraordinária parecer monótona. ( W somerset Maughan)
• Ao longo da vida a gente morre 1000 vezes, mas acaba sobrevivendo; só que nunca é a mesma coisa , mas não adianta, a vida é mais forte e a gente tem que continuar.
• Conquistar não é o suficiente, o importante é seduzir. Voltaire.
• Aquele que nunca cometeu uma tolice não é tão sensato quanto pensa.
• Posso não acreditar no que você acredita, mas acredito em você.
• A melhor maneira de perdermos a verdade é acredita que a temos por inteiro.
• A razão da verdadeira existência é a magia de se fazer necessário a alguém.
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